Supostos islamitas sequestram mais 8 meninas na Nigéria

As jovens teriam sido levadas em caminhões, junto a gado e aos alimentos saqueados

6 mai 2014 - 12h33
(atualizado em 7/5/2014 às 11h18)
<p>Mulheres pedem a libertação de mais de 200 meninas sequestradas pelo grupo extremista Boko Haram, em Lagos, em 5 de maio</p>
Mulheres pedem a libertação de mais de 200 meninas sequestradas pelo grupo extremista Boko Haram, em Lagos, em 5 de maio
Foto: AP

Supostos militantes do Boko Haram sequestraram durante a noite oito meninas de uma aldeia perto de um dos seus redutos no nordeste da Nigéria, disseram a polícia e os moradores nesta terça-feira.

O rapto das meninas, com idades entre 12 a 15 anos, ocorre depois do sequestro de outras 200 estudantes pelo grupo militante islâmico no mês passado.

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Lazarus Musa, um morador da aldeia de Warabe, disse à Reuters que homens armados abriram fogo durante o ataque.

"Eles eram muitos, e todos carregavam armas. Chegaram em dois veículos pintados na cor do Exército. Eles começaram a atirar na nossa aldeia", disse Musa por telefone de sua aldeia na região montanhosa de Gwoza, principal base do Boko Haram.

Uma fonte da polícia disse que as meninas foram levadas em caminhões, junto a gado e aos alimentos saqueados.

O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, ameaçou em um vídeo divulgado para a imprensa na última segunda-feira vender no mercado as meninas raptadas de uma escola secundária em 14 de abril.

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Os sequestros por parte dos islamitas, que dizem estar lutando por um Estado islâmico na Nigéria, chocaram um país acostumado à violência na região nordeste.

"Muita gente tentou correr para trás da montanha, mas quando ouviram tiros, eles voltaram", disse Musa. "Os homens do Boko Haram estavam entrando nas casas, mandando as pessoas para fora de suas casas."

O Boko Haram, a principal ameaça à segurança do maior produtor de energia da África, está se tornando mais ousado e aparentemente mais bem armado do que nunca.

Os sequestros em massa de abril ocorreram no dia da explosão de uma bomba, também reivindicada pelo Boko Haram, que matou 75 pessoas nos arredores de Abuja, no primeiro ataque contra a capital em dois anos.

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O fracasso dos militares em encontrar as meninas em três semanas levou a protestos no nordeste, Abuja e Lagos, a capital comercial do país.

Foto: Arte Terra
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