Soldados liberianos atiraram com munição real e lançaram gás lacrimogêneo nesta quarta-feira contra uma multidão que tentava romper uma quarentena imposta a um bairro da capital, Monróvia, por causa da epidemia de Ebola, que já matou 1.350 pessoas na África Ocidental.
No extenso bairro pobre de West Point, em Monróvia, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas nos confrontos com as forças de segurança, disseram testemunhas. Não ficou claro se alguém ficou ferido pelos tiros, mas um fotógrafo da Reuters viu um garoto com uma perna gravemente machucada, acima do tornozelo.
Autoridades liberianas impuseram um toque de recolher no país na terça-feira e a quarentena no bairro de West Point para conter a disseminação da doença.
"Os soldados estão usando munição real", disse um porta-voz do Exército, Dessaline Allison, acrescentando: "Os soldados adotaram nesse caso as normas de ação. Eles não atiraram em cidadãos pacíficos. Haverá relatórios médicos sobre se os ferimentos foram causados por tiros."
Ainda lutando para se recuperar da devastadora guerra civil de 1989-2003, a Libéria registrou 95 mortes por Ebola desde 18 de agosto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Nancy Writebol, missionária da Carolina do Norte que trabalhava na Libéria, chega ao hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, para receber tratamento médico contra o Ebola
Foto: The Journal & Constitution, John Spink
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O médico Kent Brantly posa ao lado da esposa Amber nesta foto sem data. Brantly foi o primeiro infectado pelo Ebola a ser levado aos Estados Unidos para receber tratamento
Foto: Samaritan's Purse
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Vítima do Ebola, Nancy Writebol é rodeada de crianças na Libéria, em 7 de outubro de 2013
Foto: Cortesia de Jeremy Writebol
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Equipe médica coloca roupas especiais antes de tratar de pacientes que contraíram o vírus Ebola, em Kenema, Serra Leoa, em 10 de julho
Foto: Tommy Trenchard
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Voluntários transportam corpos de vítimas do Ebola a um centro dirigido pelo grupo Médicos Sem Fronteiras, em Kailahun, Serra Leoa
Foto: WHO/Tarik Jasarevic
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Voluntários enterram o corpo de um africano vítima do Ebola em Kailahun, Serra Leoa, em 2 de agosto
Foto: WHO/Tarik Jasarevic
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Um grupo de voluntários se prepara para remover os corpos de pessoas suspeitas de terem contraído Ebola antes de morrer na aldeia de Pendebu, norte do Kenema, em Serra Leoa
Foto: HO/Tarik Jasarevic
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Trabalhadores da área da saúde se preparam para trabalhar em uma unidade de isolamento no distrito de Foya, na Libéria
Foto: hmed Jallanzo/UNICEF
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Meninas olham para um pôster distribuído pela UNICEF com orientações de como se prevenir do vírus Ebola, na Libéria
Foto: Ahmed Jallanzo/UNICEF
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Funcionários da área médica carregam o corpo de uma vítima do Ebola em Serra Leoa, em 25 de julho
Foto: Umaru Fofana
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