A UE acrescentou o grupo radical islâmico nigeriano Boko Haram à sua lista de pessoas e entidades sujeitas a sanções financeiras e a um embargo de armas, informou nesta segunda-feira o Conselho Europeu.
A Europa segue, portanto, uma decisão tomada há duas semanas pela Organização das Nações Unidas de declarar o grupo uma organização terrorista.
O Boko Haram, que em português significa "a educação ocidental é um pecado", é, agora, alvo das mesmas sanções válidas contra a Al-Qaeda e suas filiais. A UE também adicionou à lista a Frente Al-Nosra, que opera na Síria.
Tanto o movimento nigeriano como o sírio possuem ligações com a rede criada pelo saudita Osama bin Laden e pelo egípcio Ayman al-Zawahiri, que assumiu o comando da organização depois da morte de Bin Laden, em maio de 2011.
Qualquer pessoa ou entidade que fornecer ao Boko Haram ou à Frente Al-Nosra apoio financeiro ou material, principalmente com armamentos e recrutas, será incluída na lista de sanções contra a Al-Qaeda e sofrerá as sanções correspondentes.
O Boko Haram é responsável por uma série de ataques no norte da Nigéria e pelo sequestro de mais de 200 estudantes em Chibok, no estado de Borno.