Alemanha adotará lockdown de um mês em reação a disparada de coronavírus

28 out 2020 - 08h30
(atualizado às 16h12)

A Alemanha imporá um lockdown emergencial de um mês que inclui o fechamento de restaurantes, academias de ginástica e teatros para reverter um pico de casos de coronavírus que pode sobrecarregar os hospitais, disse a chanceler, Angela Merkel, nesta quarta-feira.

Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, durante reunião semanal do gabinete em Berlim
28/10/2020 Kay Nietfeld/Pool via REUTERS
Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, durante reunião semanal do gabinete em Berlim 28/10/2020 Kay Nietfeld/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

"Precisamos agir agora", disse ela, acrescentando que a disparada recente nos números de infecções gerou apoio político e público a novas medidas duras para reduzir os contatos sociais e conter surtos.

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A partir de 2 de novembro, reuniões particulares serão limitadas a 10 pessoas de no máximo duas casas. Restaurantes, bares, teatros, cinemas, piscinas e academias de ginástica serão fechadas, e shows serão cancelados.

Competições esportivas profissionais só poderão ser realizadas sem espectadores. As pessoas serão exortadas a não viajar por razões que não sejam essenciais, e pernoites em hotéis só estarão disponíveis para viagens de negócios.

Mas escolas e creches permanecerão abertos, assim como lojas, contanto que respeitem o distanciamento social e regras de higiene. As normas de âmbito nacional substituem uma colcha de retalhos confusa de medidas regionais.

Para tornar as medidas mais palatáveis, especialmente para empresas menores, a Alemanha oferecerá ajuda financeira para aqueles que forem prejudicados pela novas restrições.

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Conforme um novo pacote de ajuda equivalente a 11,82 bilhões de dólares, empresas com até 50 funcionários receberão no mês de novembro 75% da sua renda do mesmo período do ano anterior.

Além disso, trabalhadores autônomos, como artistas e assistentes de palco, terão acesso a empréstimos de emergência, e o governo ampliará um programa de liquidação existente para dar às pequenas empresas com menos de 10 funcionários acesso a empréstimos muito baratos.

Maior economia da Europa, a Alemanha foi amplamente elogiada por manter as taxas de infecções e mortes abaixo das de muitos de seus vizinhos na primeira fase da crise, mas agora está no meio de uma segunda onda, como a maior parte do continente.

Os casos aumentaram em 14.964 e chegaram a 464.239 nas últimas 24 horas, disse o Instituto Robert Koch, a agência de doenças infecciosas alemã, nesta quarta-feira. As mortes aumentaram em 85 e chegaram a 10.183, intensificando o temor em relação ao sistema de saúde depois que Merkel alertou que ele pode chegar a um ponto de ruptura se as infecções continuarem a disparar.

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