Alemanha contraria França e defende acordo Mercosul-UE

1 fev 2024 - 13h31
(atualizado às 13h46)

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, contrariou o governo francês nesta quinta-feira (1º) e defendeu a conclusão do acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul.

Pressionada por protestos de agricultores, a França já reiterou sua oposição ao tratado comercial entre os blocos e prometeu se empenhar com "braço de ferro" contra a assinatura do documento.

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O país liderado pelo presidente Emmanuel Macron é o principal produtor agrícola da UE e sempre mostrou resistência ao acordo com o Mercosul, temendo que a Europa seja inundada por matérias-primas alimentares de países sul-americanos com preços mais competitivos.

"Sou defensor dos acordos de livre comércio, incluindo o acordo do Mercosul", declarou ele, ao ser questionado se os protestos dos agricultores não fortalecem a posição daqueles que se opõem ao acordo com o bloco sul-americano.

Segundo Scholz, a Comissão Europeia tem um mandato e também é responsável por isso". "Penso que a política comercial da União Europeia é da maior importância como regulação estratégica da Europa no mundo. Gostaria de ver mais acordos de comércio livre", defendeu.

Ao comentar se existe possibilidade de o bloco chegar a um acordo com os países do Mercosul mesmo sem o apoio da França, o chanceler alemão lamentou a "lentidão e a incerteza com que estas coisas estão progredindo", incluindo "este acordo que está sendo negociando há tanto tempo".

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"Seria uma boa notícia se, em algum momento, pudéssemos dizer que temos um texto acordado. Obviamente ainda teremos que aplicá-lo politicamente com todos, mas estou muito confiante de que conseguiremos fazê-lo com um contrato que está em processo de redação", acrescentou ele, dizendo achar "que este será negociado novamente por um curto período de tempo", após 20 anos de negociações.

A França, por outro lado, voltou a expressar sua oposição ao acordo comercial. Em declaração a jornalistas, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, declarou que seu governo "não pretende aceitar este tratado" e também quer "impedir a importação para seu país de frutas e vegetais tratados com o inseticida tiaclopride". .

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