A Alemanha ultrapassou 2 milhões de infecções por coronavírus e o número de mortes na pandemia chegou a quase 45.000, disseram especialistas nesta sexta-feira, um dia após a chanceler Angela Merkel exigir "ação muito rápida" para conter o vírus.
A maior economia da Europa administrou melhor a pandemia do que seus vizinhos no primeiro semestre do ano passado, mas tem visto um aumento acentuado de casos e mortes recentemente e a mortalidade per capita diária tem excedido frequentemente a taxa dos Estados Unidos desde meados de dezembro.
Alarmada com a alta taxa de infecção e preparando-se para a disseminação de variantes mais transmissíveis do vírus, Merkel disse a importantes autoridades de seu partido na quinta-feira que quer "uma ação muito rápida".
Os casos de coronavírus na Alemanha aumentaram em 22.368, para 2.000.958, de acordo com os últimos dados do Instituto Robert Koch de doenças infecciosas. Foi o menor aumento de infecções em uma sexta-feira em mais de dois meses. Há uma semana, o número de novos casos registrados era quase 10.000 maior.
A situação nas unidades de terapia intensiva também amenizou um pouco, de acordo com o Instituto Robert Koch.
Mas um alto número de mortes, de 1.113, para 44.994, na sexta-feira, e as preocupações com as variantes mais contagiosas do coronavírus estão alimentando o temor de que as medidas atuais de restrição não estão sendo suficientes.
Merkel pretende antecipar para a próxima semana uma reunião com líderes regionais inicialmente planejada para 25 de janeiro para discutir regras mais duras para reduzir ainda mais o contato social, disseram os participantes da reunião.
Parte do debate deve ser sobre se as empresas devem ser forçadas ou incentivadas a ter mais pessoas trabalhando em casa.
O objetivo da Alemanha é que as medidas reduzam o número de infecções por 100.000 habitantes em sete dias para não mais de 50. Esse número atualmente está em torno de 150.