Os principais partidos da oposição da Argentina manterão suas candidaturas separadas nas eleições presidenciais de outubro, disseram nesta quarta-feira fontes partidárias, horas antes de terminar o prazo de registro de alianças eleitorais.
Embora os partidos tenham tempo até a meia-noite para fechar eventuais acordos, os dois principais candidatos da oposição, o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, e o deputado Sergio Massa, dificilmente farão uma aliança como especulou a mídia local até a semana passada.
As pesquisas mais recentes mostram que a intenção de voto dos argentinos está dividida entre o peronista governista Daniel Scioli e Macri. Qualquer um deles precisará de votos de outros partidos para uma vantagem, inclusive num provável segundo turno.
Apesar de uma queda na intenção de voto e o afastamento de vários candidatos para governar distritos locais que o abandonaram com medo de perder as eleições, o peronista opositor Massa afirmou que manterá sua candidatura.
Em meio a rumores de que poderia se retirar da disputa, uma fonte da campanha de Massa garantiu à Reuters que o deputado manterá sua candidatura. "É claro que vai concorrer", enfatizou.
Depois de negociações secretas entre representantes dos candidatos, membros do PRO --o partido de centro-direita do prefeito de Buenos Aires-- disseram nos últimos dias que não querem se aliar a Massa, a quem acusam de ter feito parte do governo da presidente Cristina Kirchner como chefe de gabinete até 2009.