Advogado é denunciado por publicar foto de corpo de Nisman

A imagem foi tirada pouco depois que o corpo do promotor foi encontrado em estranhas circunstâncias no dia 18 de janeiro

22 mar 2015 - 16h17
(atualizado às 20h24)

O chefe de Gabinete de Ministros da Argentina, Aníbal Fernández, anunciou neste domingo (22) que apresentou uma denúncia contra o advogado Adrián Bastianes, por publicar nas redes sociais uma foto do corpo do promotor Alberto Nisman no banheiro de sua casa.

<p>O advogado Adrián Bastianes publicou as fotos em seu perfil no Twitter</p>
O advogado Adrián Bastianes publicou as fotos em seu perfil no Twitter
Foto: Facebook Adrián Bastianes

A imagem foi tirada pouco depois que o corpo do promotor foi encontrado em estranhas circunstâncias no dia 18 de janeiro.

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"Na noite de ontem apresentei uma denúncia judicial pela publicação das fotos. A denúncia é contra Adrián Bastianes, que foi quem publicou as fotos", disse Fernández à emissora Nacional Rock.

Alberto Nisman, promotor especial da investigação sobre o atentado contra a associação israelita Amia, em 1994, morreu com um tiro na têmpora quatro dias após apresentar uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner, o ministro das Relações Exteriores Héctor Timerman e vários colaboradores do governo pela suposta tentativa de acobertar o governo iraniano, acusados de planejar o ataque contra a Amia, que causou 85 mortes.

Fernández também garantiu que a Justiça deve indagar onde Bastianes conseguiu essas fotos, já que considerou que a divulgação desse material "está atrapalhando a investigação" sobre a morte de Nisman.

Dias atrás, a imprensa argentina publicou imagens da vida privada do promotor, que foram obtidas de seu telefone celular durante as perícias da investigação por sua morte. Essas fotografias, nas quais Nisman aparece acompanhado de mulheres, foram usadas também em cartazes que foram colados no centro de Buenos Aires, com o intuito de desprestigiá-lo.

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Os vazamentos resultaram em uma revista na sede da Polícia Federal argentina, onde ocorreram as perícias, por ordem da juíza Fabiana Palmaghini, mas o governo negou que essa fosse a origem das mesmas.

Arma tinha apenas DNA do promotor argentino
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