O governo argentino anunciou que abriu uma investigação contra as ameaças de morte feitas ao presidente do país, Mauricio Macri, na última semana através das redes sociais.
Segundo a ministra da Segurança do país, Patricia Bullrich, que confirmou o início das investigações, a política oficial do governo sobre o caso é manter "uma clara ação penal a todos aqueles que usarem uma linguagem violenta para evitar a impunidade".
A ameaça contra Macri foi difundida na última quinta-feira (22) na conta @xLitleSado no Twitter em um vídeo no qual uma voz distorcida diz a seguinte mensagem: "senhor presidente, ninguém vai nos deter e, pelos seus crimes contra os argentinos, logo você irá morrer, viva Perón".
Além disso, o vídeo mostra a imagem de oito balas de grande calibre com a legenda "Macri, nós vamos te matar" escrita à mão em uma folha de papel. "A mensagem é muito tétrica, de uma pessoa que disse que vai matar Macri pelo o que está fazendo" à população argentina, disse Bullrich, que afirmou que a conta no microblogue é "fictícia", mas que as pessoas que criam esses perfis "sempre deixam portas por onde pode-se investigar".
A ministra também explicou que em casos de ameaças como esse o processo se dá "sempre da mesma maneira". "Abrimos uma investigação e o resultado é que em quase todos os casos que são reportados durante o ano, processamos as pessoas. Nossa política é do 'não' à impunidade para que a violência não seja vista como algo cotidiano", afirmou a argentina.
Na última segunda-feira (19), um homem de 37 anos foi preso em uma residência no Mar del Plata por também ter ameaçado o presidente argentino e outros membros do governo de morte pelo Twitter.