Argentina faz 'missão final' para tentar encontrar submarino

Novo minissubmarino deve chegar a local de buscas nesta segunda

27 nov 2017 - 09h42
Ontem (26), o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, informou que não há prazo para essa missão terminar.
Ontem (26), o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, informou que não há prazo para essa missão terminar.
Foto: Jornal do Brasil

A Argentina lançou a "missão final" para encontrar o submarino ARA San Juan, que desapareceu no dia 15 de novembro com 44 pessoas a bordo.

Um minissubmarino norte-americano, que consegue submergir a até 600 metros de profundidade, deve chegar na área de buscas, reduzida a apenas 74 quilômetros quadrados, nesta segunda-feira (27), informou o jornal argentino "El Clarín".

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A cápsula pode resgatar 16 pessoas simultaneamente e leva 44 coletes salva-vidas enviados pela Marinha da Argentina. Apesar das chances remotas de encontrar alguém com vida no submarino, os oficiais argentinos fizeram questão de enviar um colete para cada tripulante que estava na embarcação.

Na área de buscas, que foram reduzidas após a confirmação da detecção de uma "explosão" na região onde o ARA San Juan desapareceu, há 14 navios e três aeronaves trabalhando para tentar localizar o equipamento. Além do minissubmarino norte-americano, a Rússia e o Brasil também disponibilizaram submarinos para ajudar nas buscas.

Ontem (26), o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, informou que não há prazo para essa missão terminar. "O presidente, o ministro da Defesa e o chefe da Armada ordenaram que sigamos focados na busca, e não se fala de nenhum tempo definido, já que ainda não encontramos o submarino", destacou.

Investigação das causas

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Além das investigações internas e de uma ação pública aberta por um juíza do país, o jornal "La Nación" revelou que a compra de baterias do submarino foi alvo de uma investigação em 2010.

Suspeita-se que as baterias tenham causado a explosão no submarino.

O jornal acusa que o serviço de manutenção do equipamento tenha sofrido com "a corrupção" de agentes públicos. De acordo com a publicação, a "empresa Hawker GMBH" foi contratada para fazer um serviço de reparação das baterias, em serviço que "custou 5,1 milhões de euros para o Estado argentino".

Nesta segunda, a mídia argentina também informou que o presidente do país, Mauricio Macri, vai demitir toda a cúpula das Forças Armadas por conta das falhas tanto nas operações de resgate como erros em relatórios internos sobre o desaparecimento do submarino.

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