O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ligou para o colega boliviano, David Choquehuanca, na manhã desta quarta-feira “para expressar repúdio do Brasil à atitude arrogante por parte de países europeus”, que fecharam o espaço aéreo ao avião do presidente Evo Morales por suspeita de que o ex-consultor da CIA, Edward Snowden, estivesse no voo. A informação foi divulgada no início da tarde no perfil do Itamaraty no Twitter.
Min.
#Patriota
acaba de falar com o Chanceler da Bolívia, para expressar repúdio do Brasil a atitude arrogante por parte de países europeus.
“Patriota disse que a não autorização de sobrevoo causou surpresa, por não coadunar-se com práticas internacionais consagradas”, afirma o Itamaraty. O governo brasileiro deve emitir uma nota sobre o assunto em breve.
O Ministério das Relações Exteriores informou ainda que o Brasil “atuará em coordenação” com os outros países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para uma ação conjunta. Uma reunião de emergência do bloco foi convocada para a próxima quinta-feira, mas o Brasil ainda não confirmou presença.
1 de 14
Evo canta o hino nacional boliviano ao lado do vice-presidente Álvaro García Linera
Foto: Reuters
2 de 14
Bolivianos queimam bandeira francesa em frente à embaixada do país, em La Paz. Eles protestam contra o fato de o governo da França ter impedido o presidente Evo Morales de sobrevoar o seu território
Foto: AFP
3 de 14
Bolivianos penduram cartazes em embaixada em La Paz com palavras contra o governo francês
Foto: AFP
4 de 14
Seguidores de Evo Morales se revoltaram contra a decisão que levou o presidente boliviano a fazer uma parada forçada de 13 horas na Áustria
Foto: AFP
5 de 14
Bolivianos acusam a França de agir de acordo com os interesses dos Estados Unidos
Foto: AFP
6 de 14
Avião do presidente boliviano, Evo Morales, pousa em Grã Canária
Foto: EFE
7 de 14
O presidente boliviano, Evo Morales, embarca em seu avião após finalmente ser liberado para deixar a Áustria
Foto: AP
8 de 14
Morales conversa com repórteres no aeroporto de Viena
Foto: AP
9 de 14
Evo Morales conversa com repórteres ao lado do presidente austríaco, Heinz Fischer, no aeroporto Schwchat, em Viena
Foto: AP
10 de 14
Morales passa a noite em saguão no aeroporto de Viena enquanto não possui autorização para reabastecer seu avião e retornar à Bolívia. Em conversa divulgada pela presidente argentina Cristina Kirchner, Morales teria dito: "não vou deixar que revistem meu avião, não sou ladrão"
Foto: EFE
11 de 14
O avião oficial boliviano partiu de Moscou na terça-feira à tarde rumo à Bolívia. Quando se aproximava da França, foi informado que não poderia entrar no espaço aéreo do país. Após negativas de outras nações, decidiu aterrissar em Viena, explicaram fontes bolivianas
Foto: EFE
12 de 14
Lideranças sul-americanas planejam organizar uma reunião da Unasul para apoiar Evo
Foto: EFE
13 de 14
"Parece uma atitude condenável, um ato discriminatório contra a Bolívia e o presidente Evo Morales", disse o ministro da Defesa boliviano, Rubén Saavedra
Foto: EFE
14 de 14
Avião presidencial boliviano, um Falcon 900 EX, fica estacionado em uma das pistas do aeroporto de Viena