Os ex-rebeldes colombianos da Farc não terão um candidato na eleição presidencial de maio, uma vez que seu postulante, Rodrigo Londoño, está com problemas cardíacos, informou o grupo nesta quinta-feira.
Mas o grupo terá candidatos para a eleição parlamentar de domingo, sua primeira incursão eleitoral como partido político desarmado desde que se desmobilizou em conformidade com os termos de um acordo de paz de 2016 com o governo.
Conhecido pelo nome de guerra Timochenko, Londoño era a aposta da rebatizada Força Alternativa Revolucionária do Comum (Farc) para assumir o lugar do presidente Juan Manuel Santos quando este deixar o cargo em agosto, mas a cirurgia cardíaca à qual ele foi submetido na quarta-feira o tirou do páreo.
O grupo disse que ataques da direita, incluindo protestos em seus eventos, foram uma razão adicional para desistirem da disputa. Londoño cancelou a campanha no mês passado, depois que sua comitiva foi atacada por manifestantes com tomates e ovos.
"A cirurgia que ocorreu ontem, combinada a aspectos já debatidos da campanha eleitoral, nos levaram a declinar nossas aspirações presidenciais", disse Iván Márquez, candidato da Farc ao Senado, lendo um comunicado.
Márquez disse que o grupo está aberto a apoiar um candidato presidencial de outro partido, contanto que esta pessoa defenda o acordo de paz.
O partido das Farc terá 74 candidatos a vagas no Congresso, na votação de domingo. A antiga guerrilha tem direito a no mínimo 10 assentos na legislatura até 2026, de acordo com o pacto de paz, mas disse ter esperança de conquistar mais.