A presidente eleita do Chile, Michelle Bachelet, anunciou nesta sexta-feira o governo que a acompanhará em seu segundo mandato, no qual há presença do Partido Comunista, pela primeira vez desde 1970, e mais independentes e mulheres que nunca na história do país.
"É uma equipe selecionada com base em condições de liderança, técnica, compromisso com o programa e condições", destacou a governante chilena, ao nomear um por um os 23 integrantes de seu gabinete, que tem seis independentes e nove mulheres.
O novo governo de Bachelet tomará posse dia 11 de março e será o encarregado de levar adiante um programa que tem como eixos as reformas educativa e tributária e a elaboração de uma nova Constituição, tarefa que a presidente eleita reconheceu como "nada fácil" e para a qual pediu "trabalho, trabalho e mais trabalho".
Nenhum dos novos ministros participou dos gabinetes anteriores de Michelle Bachelet, que governou o Chile entre 2006 e 2010. O novo governo será formado por Partido pela Democracia, com seis pastas, Democracia Cristã (5); Partido Socialista (3), Partido Radical (2) e Partido Comunista (1).
Destacam-se, no Ministério das Relações Exteriores Heraldo Muñoz, até agora subsecretário-geral da ONU e diretor da Direção Regional para a América Latina e o Caribe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
O Ministério da Fazenda será responsabilidade de Alberto Arenas, chefe de programas do comando presidencial da Nova Maioria, a aliança eleitoral que levou Bachelet novamente à presidência.
À frente da pasta de Educação, uma das áreas mais complexas do novo governo por causa de um conflito que se arrasta desde março de 2011, Bachelet nomeou a Nicolás Eyzaguirre, doutor em Economia pela Universidade de Harvard (EUA) e ministro da Fazenda na gestão de Ricardo Lagos (2000-2006).