Chile é condenado a indenizar família de vítima da ditadura

4 ago 2014 - 21h03
(atualizado às 21h06)

O Estado chileno foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de 185 milhões de pesos (US$ 321 mil) à família de Anselmo Radrigán, preso desaparecido durante a ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990). A Corte de Apelações de Santiago ordenou ao Chile "indenizar com 125 milhões de pesos (US$ 217 mil) Amelia Caballero, mulher de Radrigán, e com 60 milhões pesos (US$ 104 mil) Cecilia Radrigán (irmã)", informou nesta segunda-feira o Poder Judiciário. 

Anselmo Radrigán foi um dirigente do Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR) que lutou contra a ditadura de Pinochet. Em 12 de setembro de 1974, Radrigán foi sequestrado por agentes da Dina, a temida polícia política de Pinochet, antes de desaparecer, segundo a investigação sobre o caso.

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A Corte não aceitou o argumento de prescrição do caso por considerar que trata-se de um crime contra a humanidade, "imprescritível do ponto de vista penal e civil". Na ação penal, outro tribunal condenou, em agosto de 2010, o ex-chefe da Dina Manuel Contreras a cinco anos de prisão pelo sequestro de Radrigán, assim como outros quatro agentes.

A ditadura de Pinochet deixou 3,2 mil mortos e mais de 38 mil detidos e torturados, segundo números oficiais.

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