Chile: jovem internada pede à presidente: "me deixe morrer"

Em uma cama de hospital, Valentina Maureira pede pelo direito à eutanásia

26 fev 2015 - 13h41
(atualizado às 14h13)
Valentina Maureira disse da cama do hospital: "Eu estou pedindo urgentemente para a presidente porque estou cansada de viver com essa doença e ela pode autorizar a injeção para me fazer dormir para sempre"
Valentina Maureira disse da cama do hospital: "Eu estou pedindo urgentemente para a presidente porque estou cansada de viver com essa doença e ela pode autorizar a injeção para me fazer dormir para sempre"
Foto: Youtube / Reprodução

Uma jovem chilena de 14 anos que sofre de fibrose cística fez um apelo emocional para ser autorizada a morrer, se filmando pedindo para a presidente do Chile, Michelle Bachelet, autorizar sua eutanásia.

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Em um vídeo que a mídia diz ter sido postado em sua página do Facebook no domingo, Valentina Maureira disse da cama do hospital: "Eu estou pedindo urgentemente para a presidente porque estou cansada de viver com essa doença e ela pode autorizar a injeção para me fazer dormir para sempre".

A fibrose cística é uma condição genética que afeta os pulmões e outros órgãos.

O irmão de Valentina morreu por conta da doença, disse seu pai, Freddy Maureira, para a rádio local Bio Bio.

"Ela já passou por cinco cirurgias... que causaram muita dor e sentimento para ela", disse o pai. "Foi prometido que as coisas iam melhorar, mas para ela foi pior."

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O vídeo o surpreendeu, completou Freddy.

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Uma porta-voz da clínica da Universidade Católica, em Santiago, confirmou que Valentina Maureira era paciente do hospital e disse que a jovem estava estável, sem ameaças imediatas à sua vida.

No Chile, como em muitos países, a eutanásia é ilegal. A Igreja Católica mantém uma forte influência na sociedade e o país é um de muitos que proíbe o aborto sob quaisquer circunstâncias.

A presidente, centro-esquerdista, que está há um ano em seu segundo mandato, introduziu reformas, incluindo um projeto que está sendo debatido no Congresso que poderia mudar a lei do aborto, e que irritou conservadores.

Os planos de Bachelet não mencionaram eutanásia e o governo ainda não comentou sobre o caso de Valentina Maureira.

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