Chile: juiz condena militares que mataram pai de Bachelet

O pai de Michelle Bachelet foi torturado e morto durante regime militar de Augusto Pinochet no país

21 nov 2014 - 14h59
Alberto Bachelet e a atual presidente chilena (foto arquivo): general foi torturado e morto por subordinados durante ditadura de Pinochet
Alberto Bachelet e a atual presidente chilena (foto arquivo): general foi torturado e morto por subordinados durante ditadura de Pinochet
Foto: 24 horas CL / Reprodução

Dois ex-coronéis da Força Aérea do Chile foram condenados nesta sexta-feira por utilizar torturas que causaram a morte na prisão do pai da presidente presidente Michelle Bachelet, em 1974, informou o Poder Judicial.

A medida, de primeira instância, foi adotada pelo juiz Mario Carroza contra os ex-coronéis de aviação Edgar Cevallos Jones e Ramón Cáceres Jorqueda, condenados a dois e três anos de prisão, respectivamente.

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Na sentença, à qual a AFP teve acesso, Cevallos Jones, de 83 anos, e Cáceres Jorquera, de 80, foram condenados como coautores do "delito reiterado de aplicação de tormentos" contra Alberto Bachelet, ex-general da Força Aérea do Chile, pai da atual presidente chilena.

Bachelet preso depois do golpe de Estado que instaurou a ditadura de Augusto Pinochet, em 1973, e meses depois morreu por causa de um infarto, ocasionado por um enfraquecimento motivados pelas torturas, segundo estabeleceu a justiça.

O ex-general Bachelet permaneceu detido na Academia de Guerra, onde foi torturado pelos próprios subalternos. Acabou sendo hospitalizado e, mais tarde, passou para prisão domiciliar.

Bachelet foi submetido a um Conselho de Guerra junto a todos os oficiais que se mantiveram leais ao governo do socialista Salvador Allende, acusados de "traição da pátria".

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A esposa e sua filha Michelle também foram detidas em centros de torturas.

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