Colômbia: candidato diz que escândalo de espionagem é complô

No final da corrida das eleições presidenciais do país, oposição diz ser inocente e que vídeo que manchou o nome de Oscar Iván Zuluaga é fraude

20 mai 2014 - 12h01
(atualizado às 12h02)
<p>As imagens mostraram um ex-consultor de mídias sociais contando a Zuluaga que havia obtido informação militar confidencial, aparentemente de maneira ilegal</p>
As imagens mostraram um ex-consultor de mídias sociais contando a Zuluaga que havia obtido informação militar confidencial, aparentemente de maneira ilegal
Foto: YouTube/Semana / Reprodução

O principal candidato da oposição nas eleições presidenciais da Colômbia, que serão realizadas no próximo domingo, negou qualquer participação em um escândalo de roubo de informações que manchou sua campanha, descrevendo o episódio como uma "armadilha para prejudicar o crescente apoio que vem recebendo".

Oscar Iván Zuluaga, que superou por uma leve margem o presidente Juan Manuel Santos em recentes pesquisas de intenção de voto, foi solicitado a abandonar a corrida presidencial no domingo por um concorrente e por alguns legisladores, os quais disseram que um vídeo divulgado no fim de semana provou que o candidato mentiu sobre acusações de espionagem.

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As imagens mostraram um ex-consultor de mídias sociais contando a Zuluaga que havia obtido informação militar confidencial, aparentemente de maneira ilegal. Zuluaga não reage nem questiona seu acesso a segredos de Estado.

Oscar Iván Zuluaga, que superou por uma leve margem o presidente Juan Manuel Santos em recentes pesquisas de intenção de voto, foi solicitado a abandonar a corrida presidencial
Foto: Reuters

Em contrapartida, Zuluaga argumentou que o vídeo, revelado por uma revista local, com o hacker Andrés Sepúlveda (preso por espionar as negociações de paz com rebeldes das Farc) não possui nenhuma ligação com sua campanha.  

Na segunda-feira, o candidato de oposição pediu que os colombianos o apoiassem na eleição de domingo. Ele chamou o vídeo de “montagem”, no qual áudio e imagens não se encaixam.

“Este vídeo, feito ilegalmente, é claramente uma montagem e uma armadilha; pois para qualquer um que o tenha ouvido e visto com atenção, não há conversa ou declaração que demonstre conduta ilegal”, disse ele a repórteres.

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Zuluaga disse que em pelo menos "dois pontos do vídeo a manipulação é evidente" e há partes onde o áudio não parece combinar com as imagens. Ele descreveu a gravação do filme em segredo como ilegal e disse não ter lembrança da reunião mostrada no vídeo, mas afirmou que isso é justificável, dada sua atribulada agenda.

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