As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) esperam que as emoções da participação da seleção colombiana na Copa do Mundo despertem um espírito de reconciliação no país, onde o grupo guerrilheiro mantém viva a sua insurgência há cinco décadas.
“Todos sonhamos que o futebol, no caminho do respeito e da tolerância, possa nos oferecer a esta altura um momento de alegria e entretenimento que acalme as consciências e ajude a encontrar o caminho da reconciliação de uma forma melhor”, declarou a liderança das Farc em uma mensagem de boa vontade ao técnico da seleção, José Pekerman.
A Colômbia enfrenta a Grécia no sábado às 13h (horário de Brasília) em Belo Horizonte, a sua primeira participação na Copa desde 1998, com grandes esperanças de um desempenho convincente mesmo sem o atacante contundido Radamel Falcao.
Analistas políticos dizem que a euforia na Colômbia se a seleção vencer no sábado pode beneficiar o presidente, Juan Manuel Santos, no segundo turno da eleição presidencial no domingo. Ele concorre a um segundo mandato e está empatado com o opositor, Óscar Iván Zuluaga.
O governo e as Farc, que ganharam força a partir de um movimento camponês em busca de reforma agrária, estão em negociação desde 2012 para tentar acabar com uma guerra interna que já matou 220 mil pessoas.