Cuba festejou nesta segunda-feira o Dia dos Trabalhadores pedindo "unidade", ratificando seu "incondicional" apoio ao governo da Venezuela e reiterando suas reivindicações aos Estadosn Unidos no ato, além de realizar um desfile presidido por Raúl Castro em Havana.
O único orador do ato, o secretário-geral da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC, sindicato único), Ulises Guilarte, afirmou que "a unidade" é constituída com "genuínas e contundentes" demonstrações populares de apoio à revolução, ao Partido Comunista da ilha e à sua direção histórica.
Guilarte sustentou que Cuba tem a decisão "inquebrantável" de continuar com a construção de uma nação "soberana, independente socialista, democrática, próspera e sustentável".
Também reiterou as reivindicações de Cuba ao Governo de Estados Unidos para que ponha fim ao bloqueio (embargo) econômico, comercial e financeiro que aplica ao país caribenho e pela devolução do território que ocupa a base naval americana na província oriental Guantánamo.
O líder sindical cubano lembrou as palavras do presidente Raúl Castro, nas quais o governante considerou que Cuba e EUA podem "cooperar e conviver civilizadamente, respeitando as diferenças e promovendo tudo aquilo que beneficie ambos países e povos", mas sem esperar que a ilha realize concessões a sua "independência e soberania".
O secretário da Central de Trabalhadores de Cuba ratificou o apoio de Cuba ao Governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e rejeitou a "manobra política e o assédio diplomático" contra esse país desde a Organização de Estados Americanos (OEA) e outros setores da região.
Em seu discurso prévio ao desfile, Guilarte disse que a comemoração de 1° de maio se converteu em um palco para enaltecer o valor ao trabalho, potencializar as reservas de produtividade e eficiência industrial que permitam gerar maiores riquezas, reduzir os preços e melhorar gradualmente o aumento dos investimentos dos trabalhadores.
Com uma enorme tela com a inscrição "Nossa fortaleza é a Unidade", o principal lema da comemoração dos sindicalistas da ilha, foi dado início ao bloco de manifestantes, integrado por jovens estudantes, na Praça da Revolução havanesa.
Desde a tribuna, autoridades do Governo cubano e mais de 1.630 convidados de 86 países e representantes de 349 organizações sindicais e de solidariedade presenciaram a marcha dos manifestantes que portavam bandeiras cubanas, fotos do líder cubano Fidel Castro e e cartazes de comemoração.
Os sindicatos da ilha dedicaram a comemoração deste ano aos jovens, a apoiar a Venezuela em "sua luta pela soberania e autodeterminação" e a comemorar os 50 anos da morte do guerrilheiro argentino cubano Ernesto "Che" Guevara - celebrada em outubro - e os 55 anos da Juventude Comunista no país.
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