Cuba diz que atitude de europeus com Evo é "inadmissível"

3 jul 2013 - 02h10
(atualizado às 02h17)

Cuba considerou nesta terça-feira como um "ato inadmissível, infundado e arbitrário" o fato de vários governos europeus terem negado permissão de acesso aos seus espaços aéreos para o avião do presidente da Bolívia, Evo Morales.

A Chancelaria cubana afirmou que a atitude de vários governos da Europa de "negar e retirar, com pretextos técnicos", as permissões de sobrevoo e aterrissagem do avião do presidente boliviano é "uma ofensa para toda a América Latina e o Caribe".

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O avião de Morales saiu de Moscou, onde o líder assistiu à cúpula do Fórum dos Países Exportadores de Gás, e fez uma aterrissagem forçada em Viena (Áustria) depois que França, Itália e Portugal negaram sua passagem, denunciou o governo boliviano.

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba afirmou que acompanha com "séria preocupação" os eventos das últimas semanas, relacionados com "as denúncias" do cidadão americano Edward Snowden.

Nesse sentido, disse que as denúncias de Snowden "confirmam a existência de um sistema de espionagem global por parte do governo dos Estados Unidos que viola a soberania dos Estados e os direitos das pessoas".

Além disso, lembrou que "dias atrás, os Estados Unidos ameaçaram o Equador, um país irmão, com medidas econômicas coercitivas, o que não pode ser tolerado por nenhum motivo e merece o repúdio internacional".

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Esta é a primeira vez que o governo cubano se pronuncia sobre o caso de Snowden. De acordo com o site Wikileaks, Snowden pediu asilo a 21 países, inclusive Cuba. No entanto, a ilha caribenha não se pronunciou sobre o pedido de asilo formulado por Snowden, que permanece na zona de trânsito do aeroporto de Moscou.

  
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