Centenas de milhares de cubanos lotaram na quarta-feira a praça da Revolução, em Havana, para um desfile do Dia do Trabalho que teve como principal homenageado o líder socialista venezuelano Hugo Chávez, que prestou importante assistência à ilha até sua morte, em março.
Um mar de trabalhadores, muitos deles usando camisas vermelhas e levando cartazes com a imagem de Chávez, desfilou diante de uma gigantesca estátua de José Martí, herói da independência cubana, que viveu no século XIX.
Pela ampla praça, cenário das celebrações cívicas do regime comunista, passaram também retratos do líder revolucionário Fidel Castro, do seu irmão Raúl, atual presidente do país, e de Ernesto "Che" Guevara, guerrilheiro argentino que teve importante atuação na Revolução Cubana de 1959.
No caso de Chávez, os sorridentes retratos usados no desfile e a imensa efígie pendurada em um prédio próximo traziam uma mesma legenda: "Nosso melhor amigo", termo usado por Fidel em um artigo publicado após a morte do presidente venezuelano, vitimado por um câncer aos 58 anos.
Chávez tinha Fidel como padrinho político. Com petróleo e dinheiro, ele ajudou a economia cubana a se recuperar da ruína financeira causada pelo fim da União Soviética, em 1991.
"Prestamos uma homenagem especial ao inesquecível comandante Hugo Chávez Frias, e manifestamos nosso mais profundo afeto e admiração por esse gigante", disse o vice-presidente Salvador Valdés Mesa em discurso que deu início ao desfile, tradicionalmente um dos principais eventos do calendário cívico cubano.
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Muitos cubanos temiam que a ajuda chavista acabasse com a morte do líder, mas o sucessor dele, Nicolás Maduro, visitou Havana no último final de semana e prometeu manter uma estreita aliança entre os dois países.
A Venezuela fornece 110 mil barris de petróleo por dia a Cuba, a preços subsidiados. Parte do valor é paga com os serviços de 44 mil cubanos enviados à Venezuela, a maioria médicos e outros profissionais da saúde. O petróleo venezuelano representa cerca de dois terços do consumo da ilha.
Alguns participantes do desfile também levavam um cartaz em que aparecia o rosto bigodudo de Maduro, usando um capacete de trabalhador petroleiro, com os dizeres: "Chávez, te juro que o petróleo continuará sendo do povo".
Fidel, 86 anos, não compareceu ao desfile. O veterano revolucionário, que governou o país durante 49 anos até se afastar oficialmente em 2008, tem a saúde frágil e diz que não pode ficar muito tempo exposto ao sol.
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O outro tema do evento foi "Unidos por um socialismo próspero e sustentável", que é a meta de um amplo programa de modernização implementado por Raúl. O presidente cubano, 81 anos, assistiu ao desfile vestindo uma "guayabera" (camisa tradicional cubana) branca, e acenou para a multidão que passava diante do seu assento, sob a estátua de Martí. Ele não discursou, delegando a tarefa a Valdés.
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Integrantes do sindicato de esquerda Pame protestam em Atenas contra as políticas de austeridade do governo grego. Milhares de trabalhadores pelo mundo saíram às ruas nesta quarta-feira para participar de manifestações em razão do Dia do Trabalho
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Manifestantes atiram pedras na direção de policiais durante protesto em Istambul, na Turquia
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Trabalhadores marcham em Madri para protestar contra as políticas de austeridade, a recessão e o desemprego recorde na Espanha. Mais de 80 cidades do país recebem manifestações neste 1º de maio
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Policiais observam manifestantes durante ato em Berlim, na Alemanha
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Homem é atingido por gás lacrimogêneo durante protesto em Istambul
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Policiais turcos usam escudos para se proteger durante protesto em Istambul
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Trabalhadores exibem painel de flores durante ato para marcar o 1º de maio em Istambul, na Turquia
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Manifestantes em bicicletas participam de ato em Atenas. Cerca de 8 mil pessoas tomaram as ruas da capital grega para protestar contra as políticas de austeridade do governo
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Homem segura bandeira do antigo partido comunista iugoslavo durante manifestação de trabalhadores em Belgrado, na Sérvia
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Ativistas do movimento de extrema-direita francês Frente Nacional participam da sua tradicional manifestação de 1º de maio
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Trabalhadores marcham com bandeiras de sindicatos durante ato em Marselha, no sul da França
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Manifestação do Partido Socialista da Bulgária realizam ato em Sófia. No cartaz se lê: "Para levar a Bulgária de volta às pessoas"
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Manifestantes queimam efíge do presidente filipino Benigno Aquino em frente ao palácio presidencial em Manila. Os trabalhadores exigem melhores salariais após o presidente anunciar um pacote de benefícios que não inclui incremento financeiro
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Manifestantes de partidos socialistas marcham para marcar o 1º de maio em Moscou, na Rússia
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Sul-coreano ergue o punho em frente à barricada policial em manifestação em frente à prefeitura de Seul
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Multidão de trabalhadores participa de marcha em Jacarta, na Indonésia
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Trabalhadores tentam derrubar bloqueio em rua durante protesto em Taipei, em Taiwan. Mais de 10 mil pessoas se reuniram am ato contra a reforma fiscal que cortará pensões no país
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Mulheres protestam por melhores condições de trabalho em Daca, Bangladesh, na esteira do desabamento de prédio que abrigava empresas têxteis que deixou mais de 400 pessoas mortas na semana passada
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Simpatizantes do partido Comunista do Iraque realizam ato na Praça Firdous, no centro de Bagdá. Os comunistas eram proibidos durante o regime de Saddam Hussein
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Em Montreal, no Canadá, policiais e manifestantes se enfrentaram durante os protestos pelo Dia do Trabalho
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Em Los Angeles, nos Estados Unidos, o protesto foi organizado por imigrantes para pressionar o governo pela aprovação da reforma migratória
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No México, manifestante queima um caixão vazio em protesto contra o presidente Enrique Peña Nieto
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Em frente ao Congresso Nacional da Argentina, milhares de pessoas participaram de uma manifestação
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Em Bogotá, na Colômbia, fotógrafos fogem dos canhões de água usados pela polícia para dispersar os manifestantes
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