Cerca de 2.000 corpos do cemitério de Mampuesto, na cidade peruana de Trujillo, foram arrastados pelos deslizamentos que castigaram esta cidade na semana passada, informaram nesta quarta-feira as autoridades regionais.
"Calcula-se que no local estavam enterrados pouco mas de 6.000 mortos. Após os deslizamentos teriam ficado 4.000", declarou o prefeito do distrito de El Porvenir, Paul Rodríguez, ao jornal "El Comercio".
O prefeito estimou que a enchente na represa de San Ildefonso, que provocou nove deslizamentos, passou pelo cemitério e arrastou cerca de 2.000 corpos, uma vez que algumas ossadas foram encontradas no centro da cidade de Trujillo.
O governador regional Luis Valdez anunciou que os restos que permanecem no local serão realocados no cemitério Jardins da Paz, enquanto o prefeito acrescentou que suspenderá a licença de funcionamento do recinto de Mampuesto.
Rodríguez ressaltou ainda que é necessário fazer uma limpeza no terreno porque, caso contrário, a população estará exposta a contrair doenças.
As chuvas e inundações já deixaram 13 mortos na região de La Libertad, cuja capital é Trujillo, além de 7.744 afetados e 1.344 casas destruídas, enquanto as vítimas em nível nacional chegam a 97 e os afetados a 124.161.