Cerca de 500 jovens com os rostos cobertos bloquearam nesta quinta-feira uma das vias de acesso ao Aeroporto Internacional da Cidade do México, no início de uma longa jornada de protestos em nível nacional em solidariedade aos 43 estudantes desaparecidos há quase dois meses.
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Os manifestantes impediram o tráfego na avenida Circuito Interior em ambos os sentidos na altura da estação de metrô Oceania, sem que as operações do terminal aéreo tenham sido afetadas, como constatou a reportagem da Agência Efe.
A polícia da capital mexicana formou uma barreira para impedir a passagem dos manifestantes rumo ao terminal. Alguns deles lançaram rojões e outros objetos na direção dos agentes.
Depois de meia hora na qual centenas de policiais impediram o avanço dos jovens, estes começaram a se retirar rumo à Praça das Três Culturas, onde começará uma das três passeatas convocadas para exigir justiça no caso dos 43 desaparecidos e o fim da violência no México.
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Os estudantes levam cartazes com dizeres como: "Nem viciados, nem delinquentes, somos estudantes conscientes" e "Precisamos do sangue de (Emiliano) Zapata", em alusão ao líder da Revolução Mexicana no dia em que se completa o 104º aniversário do início desse movimento armado.
"Este é um momento de saturação, a situação já não é mais sustentável. O sangue está por todos lados, o país está infestado de corpos", disse à Agência Efe uma universitária.
"É um terrorismo de Estado e nos metem medo para que fiquemos calados e não façamos nada, mas por isso estamos aqui", acrescentou a aluna da Universidade Autônoma da Cidade do México (UACM).
Edifícios públicos, bancos e lojas do centro da capital mexicana amanheceram protegidos por cercas metálicas para evitar depredações durante as passeatas, para as quais estava prevista a participação de amigos e familiares dos 43 jovens desaparecidos.
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Este é o quarto dia nacional de mobilizações para exigir a reaparição dos 43 jovens que foram vistos pela última vez em 26 de setembro durante uma série de ataques a tiros ordenados pelo então prefeito da cidade de Iguala, José Luis Abarca, nos quais morreram seis pessoas e outras 25 ficaram feridas.
Segundo a investigação oficial, os 43 jovens foram detidos por policiais locais e entregues ao cartel Guerreros Unidos, que os teriam assassinado e cremado para não deixar rastros porque supostamente acreditavam se tratar de membros do grupo rival Los Rojos.
Os restos mortais encontrados estão sendo analisados em um laboratório da Áustria para confirmar se correspondem aos estudantes, mas os pais e amigos dos desaparecidos disseram que não acreditarão nessa versão até que haja provas científicas avalizadas por outros especialistas internacionais.
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Estudantes da Escola Raúl Isidro Burgos são tidos como desaparecidos.
Foto: Ceteg Acapulco
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Abel García Hernandez, morador da região de Tecuanapa, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Abelardo Vázquez Peniten, morador de Atliaca, Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Adán Abrajan de la Cruz, vive no bairro de El Fortín, em Tixtla, Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Alexander Mora Venancio, vive na comunidade de El Pericón, em Tecuanapa, Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Antonio Santana Maestro, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
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Benjamín Ascencio Bautista, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
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Bernardo Flores Alcaraz, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
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Carlos Iván Ramírez Villareal, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
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Carlos Lorenzo Hernández Muñoz, morador da Costa, de Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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César Manuel González Hernández, morador de Huamantla, no estado de Tlaxcala.
Foto: proyectoambulante.org
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Christian Alfonso Rodríguez Telumbre, morador de Tixtla, Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Christian Tomás Colón Garnica, morador de Tlacolula de Matamoros, em Oaxaca.
Foto: proyectoambulante.org
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Cutberto Ortiz Ramos, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
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Doriam González Parral, morador de Xalpatláhuac, em Guerrero, tem um irmão na mesma escola e estavam juntos quando desapareceram
Foto: proyectoambulante.org
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Emiliano Alen Gaspar de la Cruz é um dos 20 alunos do primeiro ano do colégio, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
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Everardo Rodriguez Bello é morador de Omeapa, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Felipe Arnulfo Rosa morava na região do Rancho Papa, no município de Ayutla de los Libres, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Giovanni Galindes Guerrero tem 20 anos e não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
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Israel Caballero Sánchez é morador da comunidade indígena de Atliaca, que se localiza na metade do caminho entre Tixtla e Apango, municípios de Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Israel Jacinto Lugardo é morador de Atoyac de Álvarez, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Jesús Jovany Rodríguez Tlatempa estudava no primeiro ano do colégio e é morador de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Jhosivani Guerrero de la Cruz, morador de Omeapa, comunidade localizada a 15 minutos da sede do município de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Jonás Trujillo González é morador da Costa Grande, na região de Ticuí, município de Atoyac de Álvarez, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Jorge Álvarez Nava é morador do município Juan R. Escudero, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Jorge Aníbal Cruz Mendoza é morador de Xalpatláhuac, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Jorge Antonio Tizapa Legideño é morador de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Jorge Luis González Parral é o irmão mais velho de Doriam e também morava em Xalpatláhuac, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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José Ángel Campos Cantor tem 33 anos e é, entre todos os desaparecidos, o mais velho. Ele é morador de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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José Ángel Navarrete González, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
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José Eduardo Bartolo Tlatempa é morador de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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José Luis Luna Torres chegou à escola de Ayotzinapa, de Guerrero, diretamente da região de Amilzingo, em Morelos.
Foto: proyectoambulante.org
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Julio César López Palotzin é morador de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Leonel Castro Abarca, nasceu na comunidade de El Magueyito, em Tecuanapa, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Luis Ángel Abarca Carrillo é da região da Costa Chica, localizada em San Antonio, no município de Cuautepec, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Luis Ángel Francisco Arzola, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
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Magdaleno Rubén Lauro Villegas chegou à escola de Ayotzinapa depois de deixar a região de La Montaña.
Foto: proyectoambulante.org
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Marcial Pablo Baranda é primo de Jorge Luis e Doriam González Parral. Ele fala a língua indígena e nasceu em Xalpatláhuac, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Marco Antonio Gómez Molina é morador de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Martín Getsemany Sánchez García é o quinto de oito irmãos, morador do município de Zumpango, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Mauricio Ortega Valerio faz parte de um povo que se denomina 'Matlalapa o Matlinalapa', localizado na região de La Montaña. Ele se preparava para ser professor bilíngue.
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Miguel Ángel Hernández Martínez tem 27 anos e não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
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Miguel Ángel Mendoza Zacarías faz parte de um povo que se autodenomina Apango. Vive no município de Mártir de Cuilapa, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
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Saúl Bruno García é morador de Tecuanapa, em Guerrero.
Foto: <p>Saúl Bruno García é morador de Tecuanapa, em Guerrero.</p>