O ex-guerrilheiro Salvador Sánchez Cerén reivindicou vitória no domingo na eleição presidencial de El Salvador, com vantagem mínima sobre o candidato de direita Norman Quijano, que denunciou uma "fraude", enquanto o tribunal eleitoral não declarou um vencedor.
Sánchez Cerén, do partido governante Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), obteve 50,11% dos votos, contra 49,89% de Quijano, da opositora Aliança Republicana Nacionalista (Arena), segundo a apuração de 100% das urnas, um resultado surpreendente, já que as pesquisas apontavam o amplo favoritismo da esquerda.
"Vencemos no primeiro turno e agora voltamos a triunfar no segundo turno. Temos que fazer com que em El Salvador se respeite a vontade do povo", afirmou Sánchez Cerén, atual vice-presidente de 69 anos.
Mais cedo, Quijano, prefeito da capital de 67 anos, se declarou "em pé de guerra" para defender, "se necessário com a vida", o que considera sua vitória.
"Não vamos permitir fraudes ao estilo chavista ou (Nicolás) Maduro como na Venezuela. Aqui estamos em El Salvador", disse Quijano, que denunciou uma fraude.
Diante da margem de diferença, de apenas 6.634 votos, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) pediu para que todos aguardem a contagem manual das atas, que começará nesta segunda-feira e pode durar três dias.
Ao mesmo tempo, o presidente do TSE, Eugenio Chicas, defendeu o processo de apuração.