Facção diz que matou Fernando Villavicencio porque ele 'não cumpriu promessas'; assista

Homens encapuzados que se dizem ser do grupo 'Los Lobos', uma das maiores facções do Equador, gravaram vídeo assumindo autoria da morte

10 ago 2023 - 09h55
(atualizado às 10h28)
O candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio fala durante um comício de campanha em Quito, Equador, 9 de agosto de 2023
O candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio fala durante um comício de campanha em Quito, Equador, 9 de agosto de 2023
Foto: Reuters/Karen Toro/Foto de arquivo

A facção criminosa 'Los Lobos', considerada a segunda maior do Equador, assumiu a autoria do assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à presidência do país morto a tiros quando deixava um evento em Quito, na quarta-feira, 9.

Em um vídeo publicado na rede social X, antigo Twitter, nesta quinta-feira, 10, homens encapuzados que dizem pertencer ao grupo acusaram Villavicencio de não cumprir suas promessas. 

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"Queremos deixar claro para toda nação equatoriana que cada vez que políticos corruptos não cumprirem com suas promessas antes estabelecidas, quando receberem nosso dinheiro – que são milhões de dólares –, para financiar suas campanhas, serão executados", diz um dos homens.

No mesmo vídeo, eles também ameaçam outro candidato à presidência, o Jan Topic. As autoridades ainda não se pronunciaram sobre as imagens.

Conforme a BBC, cerca de 8 mil pessoas fazem parte da facção 'Los Lobos'. O grupo atua no tráfico internacional de cocaína.

A morte de Fernando Villavicencio

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que Fernando Villavicencio sofre o atentado a tiros. Nas imagens, é possível ver o presidenciável entrando em um carro ao deixar um evento em Quito e, em seguida, o tiroteio começa. Pessoas ao redor se agacham para se proteger. Assista:

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Fernando Villavicencio: veja o momento em que candidato à presidência do Equador sofre atentado
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O candidato, que ocupava o quinto lugar nas pesquisas de intenção de voto, foi assassinado a 11 dias das eleições no país, que serão realizadas em 20 de agosto.

A informação da morte foi confirmada pelo atual presidente do Equador, Guillermo Lasso. Em seu perfil em uma rede social, ele disse estar "indignado e chocado". Ele culpou o "crime organizado" pelo atentado que vitimou Villavicencio. 

Segundo as autoridades, nove pessoas ficaram feridas no atentado. Um suspeito da morte do candidato morreu devido a ferimentos sofridos durante o tiroteio que levou à sua captura. Seis pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no caso.

Fernando Villavicencio: quem era o candidato à Presidência assassinado no Equador
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Equador declara estado de exceção e mantém eleição

Em pronunciamento na madrugada desta quinta-feira, 10, o presidente equatoriano decretou estado de exceção no país, bem como luto de 3 dias para 'honrar um patriota'. Lasso classificou o atentado como "um crime político" e uma tentativa de "sabotar o processo eleitoral", mas garantiu que as eleições, marcadas para o dia 20 de agosto, estão mantidas.

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"Diante da perda de um democrata e um lutador, as eleições não estão suspensas. Ao contrário. Estas serão realizadas, e a democracia precisa se fortalecer. Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia", disse Lasso.

Com o estado de exceção, as Forças Armadas do país ficarão nas ruas em todo o território nacional por 60 dias para a "segurança dos cidadãos, a tranquilidade do país e das eleições livres e democráticas de 20 de agosto", pontuou o presidente.  *Com Reuters

Fonte: Redação Terra
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