O líder cubano Fidel Castro elogiou nesta quinta-feira Nelson Mandela e revelou o que seu irmão Raúl falou com o presidente americano Barack Obama durante o aperto de mão que trocaram nos funerais do ex-presidente sul-africano.
"Felicito o companheiro Raúl por seu brilhante desempenho e, em especial, pela firmeza e dignidade quando, com este gesto amável, mas firme, saudou o chefe do governo dos Estados Unidos e lhe disse em inglês: 'Senhor presidente, eu sou o Castro'", contou Fidel Castro em um artigo publicado no jornal oficial Granma.
"O papel da delegação de Cuba por ocasião do falecimento de nosso irmão e amigo Nelson Mandela será inesquecível", acrescentou Fidel em sua primeira reação à morte de Mandela, a quem recebeu em Havana há duas décadas, pouco depois que ele foi libertado após passar 27 anos na prisão por sua luta contra o apartheid.
Fidel destacou que o sistema discriminatório sul-africano "foi fruto da Europa colonial" e recordou a participação dos militares cubanos junto com as forças do governo de esquerda de Angola na luta contra as forças sul-africanas nos anos 70 e 80.
Cuba proclama que a participação de suas tropas na África contribuiu decisivamente para o fim do apartheid.