O governo de Raúl Castro pagou a dívida com o papa emérito Bento XVI ao incluir a Sexta-Feira Santa como feriado definitivo no novo Código do Trabalho, informa o jornal oficial Granma.
"No mês de dezembro, a Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento) aprovou a Lei No. 116 'Código do Trabalho', que estabelece como dia de recesso trabalhista a Sexta-Feira Santa de cada ano", afirma o jornal.
Durante a visita a Cuba de 26 a 28 de março de 2012, Bento XVI (2005-2013) solicitou a Castro que declarasse feriado na Sexta-Feira Santa. O dirigente aceitou de forma "excepcional" até que o Parlamento considerasse a questão.
Em 2013, a data foi considerada feriado e para 2014 o ministério do Trabalho decretou feriado, pois o código entrará em vigor a partir de 1º de junho.
As procissões católicas foram suprimidas em Cuba em 1961 e o feriado de Natal em 1969, como parte do confronto da época entre o regime comunista de Fidel Castro e a Igreja Católica.
Ambas foram restituídas após a visita do papa João Paulo II em 1998, que marcou a retomada das relações Igreja-Estado, um processo de aproximação que Raúl Castro continuou ao suceder o irmão Fidel em 2006.