Governo de Cuba decreta feriado na Sexta-Feira Santa

Durante visita a Cuba em março de 2012, Bento XVI solicitou a Raúl Castro que declarasse feriado na Sexta-Feira Santa

15 abr 2014 - 10h47
<p>Raúl Castro assiste a um desfile militar para comemorar o primeiro aniversário da morte do falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em Caracas, em 5 de março</p>
Raúl Castro assiste a um desfile militar para comemorar o primeiro aniversário da morte do falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em Caracas, em 5 de março
Foto: Reuters

O governo de Raúl Castro pagou a dívida com o papa emérito Bento XVI ao incluir a Sexta-Feira Santa como feriado definitivo no novo Código do Trabalho, informa o jornal oficial Granma.

"No mês de dezembro, a Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento) aprovou a Lei No. 116 'Código do Trabalho', que estabelece como dia de recesso trabalhista a Sexta-Feira Santa de cada ano", afirma o jornal.

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Durante a visita a Cuba de 26 a 28 de março de 2012, Bento XVI (2005-2013) solicitou a Castro que declarasse feriado na Sexta-Feira Santa. O dirigente aceitou de forma "excepcional" até que o Parlamento considerasse a questão.

Em 2013, a data foi considerada feriado e para 2014 o ministério do Trabalho decretou feriado, pois o código entrará em vigor a partir de 1º de junho.

As procissões católicas foram suprimidas em Cuba em 1961 e o feriado de Natal em 1969, como parte do confronto da época entre o regime comunista de Fidel Castro e a Igreja Católica.

Ambas foram restituídas após a visita do papa João Paulo II em 1998, que marcou a retomada das relações Igreja-Estado, um processo de aproximação que Raúl Castro continuou ao suceder o irmão Fidel em 2006.

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