O presidente da Conferência Episcopal da Venezuela, Diego Padrón, disse nesta terça-feira que o governo de Nicolás Maduro não fez uma solicitação formal ao Vaticano para que a Santa Sé atue como mediadora no diálogo proposto para aliviar a crise política no país. "Enquanto não houver uma solicitação formal do governo, que até agora não a houve, não se pode dizer nada concreto", disse Padrón em entrevista no canal privado Globovisión.
O arcebispo de Cumaná disse que essa mediação "ainda deverá se concretizar, porque não foi o Vaticano quem se ofereceu como mediador", mas em função da situação do país "e após o pedido" da aliança de partidos de oposição "a resposta foi positiva".
Padrón explicou que diante deste cenário, o secretário de Estado do Vaticano e ex-núncio na Venezuela, Pietro Parolín, "está disposto a intermediar", mas reiterou que quem deve solicitar essa mediação é o governo. Além disso, opinou a título pessoal que "se não há" condições para o diálogo "é preciso buscá-las" e acrescentou que a paz no país "será o resultado de um longo caminho".
As declarações de Padrón acontecem depois que tanto os membros da coalizão de oposição Mesa de la Unidad Democrática (mesa da unidade democrática, MUD) como o governo manifestaram seu apoio à ideia que um representante do Vaticano faça a mediação do diálogo entre essas duas partes.
O acordo para receber um representante do Vaticano ocorreu, além disso, durante a visita ao país de uma comissão de chanceleres da União das Nações Sul-americanas (Unasul) para acompanhar e ajudar no diálogo entre governo e oposição.
A Venezuela atravessa uma situação de crise política desde que no último dia 12 de fevereiro começaram os protestos contra o governo de Nicolás Maduro que, em alguns casos, acabaram em incidentes violentos, com um saldo de 39 mortos e centenas de feridos.
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Manifestantes "inundaram" as ruas do país neste domingo contra o atual governo
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Marcha pacífica reclamava sobre governo; milhares participaram da manifestação em pleno Carnaval
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Manifestantes participaram de um grande protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro na região metropolitana de Caracas, neste domingo, 2 de março
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Uma marcha pacífica foi realizada nas cidades de Chacao, Baruta e Sucre, região metropolitana de Caracas, neste domingo, 2 de março
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A Venezuela enfrenta uma de suas piores crises em uma década. Foto tirada em mais uma grande manifestação realizada na zona metropolitana de Caracas, em 2 de março
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As manifestações das últimas semanas deixaram pelo menos 18 pessoas mortas, em função da violência que tomou conta de alguns protestos e confrontos entre manifestantes encapuzados, forças de segurança e militantes pró-governo
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Manifestante exibe cartaz com a mensagem "A censura deste governo demonstra sua incompetência", durante protesto neste domingo, 2 de março, na região metropolitana de Caracas
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Manifestantes participaram de um grande protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro nos arredores de Caracas, neste domingo, 2 de março
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Manifestantes também protestaram pela liberdade de imprensa, neste domingo, 2 de março, em cidades da região metropolitana de Caracas
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Venezuela: novas manifestações ocupam Caracas e arredores
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Bandeiras do país foram carregadas por manifestantes neste domingo
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Manifestantes venezuelanos foram às ruas neste domingo, 2 de março
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Manifestante segura cartaz contra o governo e a censura que estaria sendo aplicada aos meios de comunicação no país
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