O parlamento da Jamaica abriu caminho para a descriminalização da maconha ao aprovar emendas ao seu Ato contra Drogas Perigosas na noite de terça-feira.
O governador-geral, sir Patrick Allen, deve aprovar as emendas dentro de alguns dias.
O debate foi conduzido pelo Ministro da Segurança Nacional, Peter Bunting, que argumentou que a implementação do projeto de lei ficaria “sob análise constante para que, se houver consequências negativas imprevistas, sejamos capazes de lidar com elas”.
A maconha, conhecida localmente como “ganja”, é amplamente cultivada na ilha caribenha e tem um papel importante no movimento espiritual rastafari, popularizado por Bob Marley, lenda da música reggae.
Nos últimos tempos a droga tem recebido o aval da lei em uma série de países, assim como em um número crescente de Estados norte-americanos.
Depois de aprovada, a nova lei jamaicana irá descriminalizar a maconha para propósitos religiosos, medicinais, terapêuticos e científicos. Fumá-la, entretanto, não será permitido em espaços públicos.
Drogas: da legalização à pena de morte
Qualquer pessoa portando até 56,7 gramas da erva em público terá que pagar uma pequena multa, mas não será presa, e o delito não constará de sua ficha criminal.
O senado da Jamaica já aprovou as reformas no início deste mês. Os defensores locais da maconha estão trabalhando para criar uma indústria para a ganja medicinal, o que analistas acreditam poder fortalecer o apertado orçamento do governo.