O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, informou nesta quarta-feira que a Justiça militar condenou oito oficiais por "instigação a rebelião" e "quebra do decoro militar", que estariam envolvidos em um plano, denunciado no início deste ano, para derrubar o presidente Nicolás Maduro.
"A Pátria faz justiça! Tribunais Militares sentenciam oito oficiais da 'Operação Jericó' por Instigação à Rebelião e Quebra do Decoro Militar", escreveu Padrino no Twitter, sem oferecer mais detalhes sobre a duração da sentença e os nomes dos envolvidos.
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Maduro revelou no dia 12 de fevereiro que seu Executivo frustrou um plano para tirá-lo do poder, que contaria com bombardeios de um avião militar tipo tucano contra edifícios do governo.
Essa estratégia para dar um golpe de Estado teria o nome de "Plano Jericó" e incluiria uma série de oficiais da Força Aérea, alguns já detidos, assim como um grupo de opositores.
O presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Diosdado Cabello, acompanhado por Jorge Rodríguez, prefeito do município Libertador, na região metropolitana de Caracas, revelou então que foram apreendidos uniformes militares, computadores e armas durante as ações para o desmantelamento do plano.
Cabello informou que o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, a ex-deputada María Corina Machado e o deputado Julio Borges, todos da oposição, teriam envolvimento com o suposto "Plano Jericó".
Ledezma foi detido no dia 19 de fevereiro por supostamente conspirar contra o chefe de Estado e permaneceu até o último dia 24 na prisão militar de Ramo Verde, próxima de Caracas, dia em que a procuradoria venezuelana solicitou à Justiça uma medida cautelar para que o prefeito fosse submetido à prisão domiciliar por motivos de saúde.
Ledezma passou por uma cirurgia no dia 26 de abril e atualmente se recupera em sua residência em Caracas.