Leopoldo López afirma que Supremo decretou a "ditadura" na Venezuela

30 mar 2017 - 23h57

O opositor venezuelano Leopoldo López, preso há mais de três anos, afirmou nesta quinta-feira que a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela de assumir as funções do parlamento é a formalização de uma "ditadura".

"Através de uma sentença ilegal e ilegítima, o TSJ decretou formalmente a ditadura que desde 2014 estamos denunciando na Venezuela", afirmou o fundador do partido Vontade Popular (VP), que cumpre pena de quase 14 anos em uma prisão militar, através de sua conta no Twitter.

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A reação do opositor foi divulgada por sua esposa, Lilian Tintori, que mesmo se encontrando na Argentina, disse ter recebido a mensagem de López da prisão, onde está proibido o uso de telefones celulares e internet.

Na série de mensagens, López afirma que acontecem "momentos definitivos para a Venezuela e toda América" onde "devemos escolher se estamos a favor da democracia ou da ditadura", e diz que a "luta" para "recuperar nossa liberdade e democracia devem ocorrer em todos os campos".

O político, conhecido por ser um dos principais opositores do chavismo, pediu para a Organização dos Estados Americanos (OEA) a "aplicação da Carta Democrática e a revisão de cláusulas e protocolos democráticos ao Mercosul" para seu país.

No terreno internacional, também pediu "os governos dos países do continente" que respondam "aos seus povos e a história por suas posturas diante da ditadura venezuelana".

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Além disso, se dirigiu a seus simpatizantes, a quem afirmou a "clara mensagem para as forças democráticas", e que, em sua opinião, "só com mobilização popular podermos recuperar nossa liberdade e democracia".

O TSJ decidiu ontem assumir os poderes do parlamento, que é controlado pela oposição, uma decisão que foi recebida pelos opositores como um "golpe de estado.

  
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