O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou várias agências internacionais de notícias de promoverem "mentiras" sobre seu governo, publicando informações de uma "suposta crise humunitária" no país. De acordo com o venezuelano, essa crise não existe.
Em um vídeo transmitido pela emissora de TV pública da Venezuela, Maduro disse que, em 2017, seu governo contabilizou 3,8 mil "notícias negativas" sobre a Venezuela na mídia internacional, ressaltando que 60% das informações foram difundidas pelas agências Reuters (Reino Unido), Associated Press (Estados Unidos), AFP (França) e EFE (Espanha). Da Itália, ele acusou a emissora RAI.
"Assisti a uma reportagem da televisão italiana sobre a situação sanitária da Venezuela, cheia de mentiras que fazem parte da campanha mundial que dirigem de Washington para justificar uma intervenção externa com essa suposta crise humanitária", disse Maduro. "A reportagem é uma imundice, parte de uma campanha nojenta, que ignora a realidade da saúde venezuelana, assim como o fato de milhares de colombianos se tratarem na Venezuela, pois os hospitais de lá são todos particulares", argumentou.
A Venezuela enfrenta nos últimos anos uma crise econômica e de escassez de alimentos, as quais levaram a um número recorde de mortalidade infantil. A oposição disse ontem (8) que a inflação no país em 2017 bateu 2.616%, o que representaria um número quatro vezes maior do que o previsto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Para 2018, a inflação pode chegar a 10.000%.