Maduro acusa oposição de acabar com o diálogo na Venezuela

4 jun 2014 - 00h08
(atualizado às 00h13)
"A oposição parou o diálogo, abandonou o diálogo", afirmou o chefe de Estado durante seu programa de rádio retransmitido também pela televisão
"A oposição parou o diálogo, abandonou o diálogo", afirmou o chefe de Estado durante seu programa de rádio retransmitido também pela televisão
Foto: EFE

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou nesta terça-feira a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) de acabar com o diálogo aberto em abril para tentar buscar uma saída à crise política provocada pelos protestos antigovernamentais.

"A oposição parou o diálogo, abandonou o diálogo", afirmou o chefe de Estado durante seu programa de rádio retransmitido também pela televisão. Maduro, no entanto, pediu que a comissão governista espere a MUD para seguir trabalhando.

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"Esperem, continuem esperando, mas não parem de trabalhar. Se eles não chegam... bem, não chegaram, são eles os que perdem, nós continuamos nosso caminho", declarou.

O diálogo entre o governo e a oposição começou no último dia 10 de abril com a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e o Vaticano como mediadores, mas, após uma série de reuniões, a MUD anunciou em 13 de maio que as conversas estavam "congeladas" e que não haveria novas reuniões até que se produzissem "gestos" do lado governista.

Por sua vez, a MUD acusou hoje Maduro e o presidente do Parlamento, Diosdado Cabello, de querer acabar definitivamente com o diálogo.

O secretário-executivo adjunto da MUD, Ramón José Medina, disse hoje à Agência Efe que tanto Maduro como Cabello dão "declarações irresponsáveis" para torpedear um processo que "esteve sempre contaminado com uma quantidade de expressões inadequadas, inoportunas, impertinentes".

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