O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou na quinta-feira a morte de um policial, vítima de um disparo de um franco-atirador, o que eleva para 40 o número de mortos nos protestos que começaram no dia 12 de fevereiro. "Hoje morreu outro jovem, policial venezuelano, produto de um franco-atirador", disse o presidente em rede nacional obrigatória de rádio e televisão durante o encontro com a aliança opositora Mesa de la Unidad Democrática (mesa da unidade democrática, MUD) que também contou com a presença de três chanceleres da Unasul e do núncio apostólico do Vaticano em Caracas.
O governante não deu mais detalhes sobre as circunstâncias nas quais aconteceu a morte do policial e só comentou que "deve haver justiça". Ele acrescentou que seu governo "descobriu" algumas "relações estranhas" no contexto dos protestos que envolvem a participação de narcotraficantes, alguns deles procurados "pela Colômbia".
"Tem que haver justiça, aqui há muita dor", disse Maduro ao opinar que o diálogo com a oposição é válido, mas que isso não significa que não ocorrerão processos judiciais contra os responsáveis por assassinatos.
Nesta quinta-feira também foi noticiado que um tribunal do estado de Carabobo, no centro do país, emitiu uma medida de privação de liberdade contra um membro da Polícia Científica (CICPC, sigla em espanhol) pela morte de um estudante em Valência, capital dessa entidade federal, no dia 12 de março no contexto dos protestos.
A Venezuela vive desde o dia 12 de fevereiro uma série de protestos antigovernamentais, que em algumas ocasiões resultaram em incidentes violentos, e que, além das mortes, deixaram centenas de feridos e detidos.
1 de 13
Manifestantes "inundaram" as ruas do país neste domingo contra o atual governo
Foto: Reuters
2 de 13
Marcha pacífica reclamava sobre governo; milhares participaram da manifestação em pleno Carnaval
Foto: Reuters
3 de 13
Manifestantes participaram de um grande protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro na região metropolitana de Caracas, neste domingo, 2 de março
Foto: David González
4 de 13
Uma marcha pacífica foi realizada nas cidades de Chacao, Baruta e Sucre, região metropolitana de Caracas, neste domingo, 2 de março
Foto: David González
5 de 13
A Venezuela enfrenta uma de suas piores crises em uma década. Foto tirada em mais uma grande manifestação realizada na zona metropolitana de Caracas, em 2 de março
Foto: David González
6 de 13
As manifestações das últimas semanas deixaram pelo menos 18 pessoas mortas, em função da violência que tomou conta de alguns protestos e confrontos entre manifestantes encapuzados, forças de segurança e militantes pró-governo
Foto: David González
7 de 13
Manifestante exibe cartaz com a mensagem "A censura deste governo demonstra sua incompetência", durante protesto neste domingo, 2 de março, na região metropolitana de Caracas
Foto: David González
8 de 13
Manifestantes participaram de um grande protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro nos arredores de Caracas, neste domingo, 2 de março
Foto: David González
9 de 13
Manifestantes também protestaram pela liberdade de imprensa, neste domingo, 2 de março, em cidades da região metropolitana de Caracas
Foto: David González
10 de 13
Venezuela: novas manifestações ocupam Caracas e arredores
Foto: David González
11 de 13
Bandeiras do país foram carregadas por manifestantes neste domingo
Foto: Reuters
12 de 13
Manifestantes venezuelanos foram às ruas neste domingo, 2 de março
Foto: Reuters
13 de 13
Manifestante segura cartaz contra o governo e a censura que estaria sendo aplicada aos meios de comunicação no país
Foto: Reuters