Maduro anuncia morte de policial venezuelano nos protestos

11 abr 2014 - 00h44
(atualizado às 00h49)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou na quinta-feira a morte de um policial, vítima de um disparo de um franco-atirador, o que eleva para 40 o número de mortos nos protestos que começaram no dia 12 de fevereiro. "Hoje morreu outro jovem, policial venezuelano, produto de um franco-atirador", disse o presidente em rede nacional obrigatória de rádio e televisão durante o encontro com a aliança opositora Mesa de la Unidad Democrática (mesa da unidade democrática, MUD) que também contou com a presença de três chanceleres da Unasul e do núncio apostólico do Vaticano em Caracas.

O governante não deu mais detalhes sobre as circunstâncias nas quais aconteceu a morte do policial e só comentou que "deve haver justiça". Ele acrescentou que seu governo "descobriu" algumas "relações estranhas" no contexto dos protestos que envolvem a participação de narcotraficantes, alguns deles procurados "pela Colômbia".

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"Tem que haver justiça, aqui há muita dor", disse Maduro ao opinar que o diálogo com a oposição é válido, mas que isso não significa que não ocorrerão processos judiciais contra os responsáveis por assassinatos.

Nesta quinta-feira também foi noticiado que um tribunal do estado de Carabobo, no centro do país, emitiu uma medida de privação de liberdade contra um membro da Polícia Científica (CICPC, sigla em espanhol) pela morte de um estudante em Valência, capital dessa entidade federal, no dia 12 de março no contexto dos protestos.

A Venezuela vive desde o dia 12 de fevereiro uma série de protestos antigovernamentais, que em algumas ocasiões resultaram em incidentes violentos, e que, além das mortes, deixaram centenas de feridos e detidos.

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