Mais de 200 pessoas são detidas após saques na Venezuela

27 jun 2017 - 14h21
(atualizado às 14h44)
Manifestantes cercam veículo de patrulha durante o protesto contra o governo de Maduro em Caracas
Manifestantes cercam veículo de patrulha durante o protesto contra o governo de Maduro em Caracas
Foto: Reuters

As autoridades da Venezuela detiveram 216 pessoas pelos saques a 68 comércios e por outros atos de vandalismo ocorridos durante a última noite no estado Aragua, informou nesta terça-feira a governadora dessa região central, a chavista Caryl Bertho.

Caryl indicou ao canal Tves que entre os estabelecimentos saqueados há supermercados, farmácias, adegas, açougues, padarias, sorveterias e lojas de bebidas.

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Além disso, denunciou que "grupos de choque" atacaram escritórios da companhia nacional de telecomunicações, duas sedes de partidos políticos oficialistas, depósitos de uma prefeitura e um imóvel destinado à atividade cultural.

Pelos incidentes, acrescentou a chavista, 216 pessoas foram detidas e foram abertas investigações.

A governadora responsabilizou os partidos opositores Primeiro Justiça (PJ) e Vontade Popular (VP) por estes atos.

Por sua vez, a deputada opositora Dinorah Figuera disse à Agência EFE que na cidade de Maracay membros dos coletivos, organizações civis - às vezes armadas - e alinhadas ao governo, lideraram as ações de saque.

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Isto aconteceu, segundo Dinorah, ao término de um protesto convocado pela coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática que consistiu em bloquear vias de todo o país durante quatro horas.

Manifestantes fecham avenida em Caracas durante manifestação contra governo Maduro
Foto: EFE

"Chama a atenção que em momentos de saques os corpos de segurança estiveram ausentes (...) Foi uma ação feita com a complacência das autoridades regionais", afirmou a legisladora.

A deputada acusou, além disso, a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) de ter "atacado" residências "em busca" de opositores.

Dinorah disse ter notícias de várias pessoas feridas, duas delas gravemente, e adiantou que o Parlamento venezuelano debaterá estes fatos na sua sessão desta terça-feira em Caracas.

Dezenas de vídeos e fotografias que circulam nas redes sociais mostram, segundo os usuários que as publicam, os fatos denunciados pela opositora.

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Há três meses a Venezuela vive uma onda de manifestações a favor e contra o governo, algumas das quais provocaram atos violentos que deixaram 75 mortos e mais de mil feridos, segundo dados da Procuradoria.

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