Manifestantes incendeiam sede do governo de Guerrero

Multidão exige saber a localização de mais de 40 estudantes mexicanos que desapareceram há duas semanas

13 out 2014 - 21h46
(atualizado em 14/10/2014 às 17h50)
<p>Manifestantes entraram na sede do governo - situada na capital Chilpancingo - quebrando vidraças e ateando fogo em boa parte do complexo</p>
Manifestantes entraram na sede do governo - situada na capital Chilpancingo - quebrando vidraças e ateando fogo em boa parte do complexo
Foto: Yuri Cortez / AFP

Centenas de estudantes e professores mexicanos incendiaram parcialmente nesta segunda-feira um complexo de prédios do governo na região de Guerrero, no sul do México, em meio aos protestos para exigir a localização de 43 estudantes desaparecidos há duas semanas, constatou a AFP.

Os manifestantes entraram na sede do governo - situada na capital Chilpancingo - quebrando vidraças e ateando fogo em boa parte do complexo.

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Os bombeiros estão combatendo as chamas e até o momento não há informações sobre feridos graves.

Os manifestantes entraram em confronto com a polícia durante os protestos em Chilpancingo
Foto: Alejandrino Gonzalez / AP

Após o ataque, os manifestantes abandonaram a sede do governo, protegida no momento por cerca de 50 policiais de choque.

Os jovens manifestantes exigiram a gritos a demissão do governador de Guerrero, Ángel Aguirre, e ameaçaram prosseguir com os protestos violentos caso não haja novidades sobre o paradeiro dos estudantes até a meia-noite desta segunda-feira.

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Ao menos 500 docentes da Coordenação Estadual dos Trabalhadores da Educação em Guerrero (CETEG) participaram dos protestos em Chilpancingo.

Mais cedo, um grupo havia enfrentado 150 policiais diante da sede do Parlamento estadual, quando os agentes utilizaram até extintores de incêndio contra os manifestantes.

A AFP constatou no local que ao menos cinco professores e dois policiais sofreram ferimentos leves.

No dia 26 de setembro passado, um grupo de estudantes da escola do Magistério de Ayotzinapa, cidade rural de Guerrero, se apoderaram de vários ônibus para viajar à vizinha Iguala, onde arrecadariam fundos para seus estudos.

A polícia de Iguala, com o apoio de pistoleiros de um cartel local, agiu contra o grupo, deixando seis mortos e 43 estudantes desaparecidos.

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Dias após o incidente, foram localizadas fossas comuns com dezenas de corpos ainda não identificados.

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