O governo do México recusou nesta segunda-feira participar da coalizão internacional militar liderada pelos Estados Unidos contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.
"O México não pretende nem fará parte de nenhuma coalizão de caráter militar contra qualquer grupo ou organização", afirmou o subsecretário para a América do Norte da chancelaria mexicana, Sergio Alcocer.
Diversos meios de comunicação divulgaram nesta segunda-feira que, segundo um documento do Departamento de Estado americano, o México estava incluído nas listas de países que fazem parte da coalizão que realiza operações militares contra o EI.
Alcocer esclareceu que o México condenou os assassinatos de dois cidadãos americanos, um britânico e um francês cometidos por grupos extremistas.
Além disso, explicou que o acordo com os Estados Unidos anunciado em 19 de setembro é para trabalhar de maneira conjunta para transformar a fronteira comum em uma zona "segura, próspera e competitiva em benefício de ambas as nações".
O funcionário disse que o compromisso do México para apoiar as operações da ONU, anunciado pelo presidente Enrique Peña Nieto na semana passada, "refere-se a missões de manutenção da paz, que são de caráter humanitário em situações como desastres naturais".
No caso dos grupos extremistas, a contribuição do México foi "a denúncia e condenação desses atos, que são reprováveis".
Alcocer reforçou o compromisso do México para fortalecer a segurança na fronteira e para desenvolver uma área próspera e competitiva.
O subsecretário também afirmou que não existem documentos do Departamento de Estado americano que afirmem que o México se comprometeu a participar de uma coalizão militar.