O governo de Javier Milei anunciou um novo protocolo contra as manifestações de rua no qual as Forças Armadas vão atuar contra quem bloquear ruas em protestos na Argentina. O anunciou foi feito pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, na quinta-feira, 14.
"Isso não é um problema de ideologias. É um problema de entender que de uma vez por todas o país tem que viver em paz e em ordem. Vamos ordenar o país para que as pessoas possam viver em paz. As ruas não devem ser tomadas", disse em coletiva para a imprensa.
As falas ocorrem em meio ao anúncio de um duro pacote de medidas econômicas para tentar conter a inflação, que atingiu 161% anuais em novembro. Além disso, há expectativa para uma grande manifestação, com a presença de sindicatos e organizações sociais, para a próxima quarta-feira, 20.
Bullrich ainda afirmou que será criado um registro de organizações sociais – grêmios, sindicatos e associações – que “instiguem” os protestos. “O Estado não vai pagar pelo uso das forças de segurança, quem irá pagar será as organizações ou indivíduos [envolvidos em protestos que supostamente bloqueiem ruas]”. No entanto, ela não explicou como essa cobrança funcionaria.
No caso de crianças e adolescentes, as autoridades de proteção serão avisadas, e os pais serão responsabilizados por levarem crianças aos protestos em horário escolar. "Não vamos deixar que eles sejam usados como escudos", garantiu.