Militares destroem cela de líder opositor venezuelano

Leopoldo López foi transferido para uma solitária

13 fev 2015 - 21h50
(atualizado em 14/2/2015 às 07h56)
O líder da oposição venezuelana Leopoldo Lopez é escoltado por guardas nacionais antes de se entregar em Caracas, em 18 de fevereiro de 2014
O líder da oposição venezuelana Leopoldo Lopez é escoltado por guardas nacionais antes de se entregar em Caracas, em 18 de fevereiro de 2014
Foto: Jorge Silva / Reuters

Um comando militar derreteu com maçaricos as barras das celas do líder opositor venezuelano Leopoldo López e do ex-prefeito Daniel Ceballos na prisão de Ramo Verde e destruíram o interior das mesmas, assegurou nesta sexta-feira à Agência Efe Lilian Tintori, a esposa do político.

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"Os militares entraram nesta madrugada em sua cela, quebraram todas suas coisas de uma maneira muito agressiva e violenta e o levaram a uma cela muito pequena, onde o mantêm isolado", afirmou a esposa de López em uma entrevista por telefone das portas da prisão, na qual por enquanto não pôde entrar.

Lilian Tintori disse ainda que os militares "estiveram seis horas em sua cela revisando todos seus escritos".

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"Estou muito preocupada porque a vida de Leopoldo está em risco, não acredito na Justiça venezuelana, nem no coronel (Homero) Miranda", disse em referência ao diretor da prisão militar de Ramo Verde.

O advogado do ex-prefeito Daniel Ceballos foi quem informou hoje que os militares tinham entrado nas celas.

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Tintori tinha afirmado anteriormente em entrevista coletiva em Caracas que na madrugada de quarta-feira passada, quando foi visitar seu marido, "mais de 20 sujeitos encapuzados e vestidos de preto com armas longas tentaram entrar à força" nas celas de López e Ceballos.

Por sua parte, Patricia de Ceballos, esposa de Daniel e prefeita da cidade de San Cristóbal, cargo no qual substituiu seu marido, "responsabilizou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pela vida de seu marido", segundo um comunicado do partido político que López preside, o Vontade Popular.

López está preso desde 18 de fevereiro de 2014 acusado de ter instigado os incidentes violentos que ocorreram ao término de uma manifestação opositora seis dias antes e nos quais morreram três pessoas.

O dirigente opositor está acusado dos delitos de instigação pública, formação de quadrilha, danos à propriedade e incêndio.

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