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O fogo começou como um incêndio florestal em La Pólvora, mas o forte vento fez com que se propagasse para as regiões povoadas
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A presidente Michelle Bachelet assinou na noite desse sábado um decreto que declara estado de exceção e área de catástrofe em Valparaíso
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Incêndio de dimensões descomunais que já destruiu cerca de 500 casas e obrigou a evacuação de cerca de 600 pessoas
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Valparaíso fica a cerca de 120 quilômetros a oeste da capital Santiago
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Vento forte dificulta na contenção das chamas
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Incêndio entrou pela madrugada e obrigou centenas de moradores a evacuar
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Vista das residências em chamas, a cidade de Valparaíso fica a 120 quilômetros da capital chilena Santiago
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Bombeiro ao lado do incêndio passa instruções a moradores
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Carro dos bombeiros utilizado para combater o incêndio em Valparaíso
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Morador local observa casa que estão pegando fogo, incêndio se alastrou pela cidade e 600 pessoas tiveram que ser retiradas de suas casas
Foto: Felipe Gamboa
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Vista da cidade de Valparaíso durante o incêndio
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Incêndio deixou três mil pessoas desabrigadas
Foto: Alberto Miranda
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Os bairros La Cruz e Las Canas estão entre os mais prejudicados pelo incêndio
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Fumaça de um incêndio florestal é visto na cidade de Valparaíso, a noroeste de Santiago, Chile, neste domingo
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As pessoas olham para a fumaça de um incêndio florestal na cidade de Valparaíso, a noroeste de Santiago
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De acordo com a agência RT, o incêndio já atingiu 2,5 milhões de metros quadrados (660 acres)
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O prefeito de Valparaíso, Jorge Castro, afirmou que a prisão da cidade, que abriga 2 mil detentos, será evacuada como medida preventiva. Cinco mil já deixaram suas casas
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"O tempo está complicando a situação", disse o funcionário de emergência, Guillermo de la Mazza, a jornalistas
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A presidente do Chile, Michelle Bachelet, assinou na noite deste sábado um decreto que declara estado de exceção e área de catástrofe em Valparaíso, castigado por um incêndio de dimensões descomunais
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Homem olha as chamas de incêndio em Valparaiso, a 110 km a oeste de Santiago, Chile. Pelo menos 8 pessoas morreram
Foto: AFP
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Um casal e seu bebê reagem após focos de incêncio em Valparaíso, Chile, em 13 de abril
Foto: AFP
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Pessoas correm para buscar abrigo depois que o fogo reacendeu em Valparaíso, Chile, em 13 de abril
Foto: AFP
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Bombeiros trabalham para tentar cotner as chamas
Foto: AFP
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Soldados chilenos patrulham uma das áreas atingidas durante o incêndio em Valparaíso
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Pessoas tentam descansar ao lado dos escombros que restaram de suas casa depois de serem atingidas pelas chamas
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Equipes tentam apagar as chamas enquanto faíscasvoam, durante incêndio, em Valparaíso
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Equipes tentam apagar as chamas enquanto faíscasvoam, durante incêndio, em Valparaíso
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"O tempo está complicando a situação", disse o funcionário de emergência, Guillermo de la Mazza, a jornalistas
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"O inferno passou por Valparaíso!", exclama a chilena Mónica Vergara, sentada na porta de sua casa, reduzida a escombros pelo enorme incêndio que destruiu cerca de 1.000 casas e matou ao menos 11 pessoas no Chile entre este sábado e domingo.
Uma densa camada de fumaça e chuva de cinzas caía sobre o porto de Valparaíso, um dia depois do início do incêndio, que levou medo e destruição à vida de milhares de pessoas que voltaram a seus lares para comprovar que haviam perdido tudo.
O retorno não foi fácil. Depois de passar a noite em albergues ou barracas, os moradores tiveram que se esforçar para escalar as ruas íngremes das colinas atingidas pelo fogo.
Mariposa e La Cruz, dois dos morros mais pobres da Valparaíso, foram os mais afetados pelas chamas. Bombeiros, policiais e militares ainda trabalhavam, na manhã deste domingo, para resguardar a segurança das pessoas.
"O fogo veio do céu, entrou nas casas em questão de segundos, foi terrível. Houve explosões por toda a noite, botijões de gás, e sabe-se lá mais o que, tivemos muito medo", contou à AFP Claudia Valladares, moradora de Mariposas, que teve estragos menores em sua casa.
Em La Cruz, centenas de pessoas choravam na porta de seus lares, destruídos. "Perdi tudo, um bombeiro me salvou e a meus filhos, mas perdi tudo", afirmou à AFP Mónica Vergara, que havia voltado ao Chile da Espanha há apenas seis meses, devido à crise econômica na Europa.
Ela e os filhos observavam o que restou de sua antiga residência: uma parede, parte do teto e alguns pedaços de metal ainda incandescentes. Os demais pertences viraram cinzas. "O que mais dói são as recordações, perdi tudo nesse inferno que passou por Valparaíso", destacou a mulher, de 47 anos.
Ao redor dali, diversas outras famílias vasculhavam os escombros, em meio a um forte cheiro de madeira queimada. O incêndio afetou ao menos seis das 44 colinas que fazem parte de Valparaíso, o porto chileno caracterizado por elevadores centenários, mirantes marcantes e construções antigas, que levaram a cidade a ser declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
O resto da população - são 270 mil habitantes - que não foi afetada se organizou para ajudar os mais de 10 mil em necessidade. Carros buzinavam para indicar os lugares que distribuíam comida, roupa e todo tipo de ajuda para quem estava desabrigado.
Além disso, dezenas de jovens, equipados com pás e ancinhos, subiam os morros para ajudar os moradores. "Isto não é solidariedade, é ajudar um compatriota, é evitar que o fogo siga atingindo nossa cidade", explicou Carlos, um dos voluntários.
Equipes de bombeiros continuavam combatendo focos de incêndio, sob o risco de as altas temperaturas e os fortes ventos reanimarem o fogo.
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