A filha de Hugo Chávez publicou nesta terça-feira uma carta na qual assegurou que seu pai morreu no dia 5 de março. María Gabriela pediu aos que dizem que o governante morreu antes dessa data que "não brinquem" com a dor da família e do povo.
"Venezuela, com toda a responsabilidade do mundo, com toda a sinceridade da alma destroçada de uma filha que amou e ama seu pai infinitamente, lhes digo que meu gigante morreu lutando, e morreu em sua pátria no dia 5 de março de 2013", diz.
Na carta, lida pelo ministro de Comunicação, Ernesto Villegas, diante das câmeras do canal estatal VTV, a filha de Chávez também pede "não brinquem mais com a dor de um povo e uma família que está devastada perante esta dura realidade". María Gabriela Chávez também pediu "aos senhores da oposição doente e especialmente ao senhor (Henrique) Capriles" para não serem "tão sujos".A carta aponta que é "simplesmente inconcebível" pensar que uma família inteira tenha se prestado a "tamanha mentira" ao fazer referência aos que dizem que Chávez morreu antes da data indicada. Imediatamente, ainda na noite desta terça-feira, Capriles pediu desculpas "se alguma palavra foi mal compreendida".
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Milhões de venezuelanos foram às ruas de Caracas na quarta-feira durante o cortejo fúnebre do presidente Hugo Chávez. Outras milhares de pessoas acompanham - aguardando em filas longuíssimas - o seu velório, que deve se estender até o final da próxima semana. Ao longo da história, poucos foram os líderes políticos mundiais que conseguiram atrair grandes multidões para se despedirem deles, veja a seguir alguns deles
Foto: AFP
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Estima-se que cerca de três milhões de pessoas acompanharam o funeral do aiatolá Khomeini, em Teerã, em 1989. O religioso liderou o Irã após a revolução de 1979
Foto: AFP
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Acredita-se que entre 2 e 4 milhões de pessoas acompanharam o funeral do papa João Paulo II no Vaticano e em Roma no dia 8 de abril de 2005
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Apesar de não ser possível estimar quantas pessoas compareceram ao funeral do líder norte-coreano Kim Jong-il em 28 de dezembro de 2011, em Pyongyang, imagens de veículos oficiais do país mostravam centenas de milhares de pessoas, talvez milhões, acompanhado os serviços fúnebres
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Estima-se que cerca de 1,5 milhão de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre do ex-primeiro-ministro turco Necmettin Erbakan em Istambul no dia 1º de março de 2011. Erbakan, o primeiro islamita a ser premiê turco, ocupou o cargo por apenas um ano, entre 1996 e 1997, quando pressionado por militares a deixar o cargo e posteriormente foi proibido de disputar cargos políticos. No entanto, apesar da brevidade de seu regime, ele é considerado o mentor de lideranças com raízes islâmicas no país
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Uma das maiores concentrações de pessoas em um funeral na história aconteceu durante as cerimônia fúnebres para o presidente egípcio Gamel Abdel Nasser, no Cairo, em 28 de setembro de 1970. Acredita-se que cerca de 5 milhões de pessoas se mobilizaram para se despedir do líder, o mais carismático da história moderna do Egito
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Considerada a "mãe dos pobres" argentinos, Eva Perón atraiu multidões para o seu funeral em Buenos Aires em agosto de 1952. O corpo de Evita, como era conhecida a segunda mulher do presidente Juan Perón, foi embalsamado e passou três exposto à visitação pública
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Um mar de indianos acompanhou o funeral do líder do partido nacionalista hindu Shiv Sena, Bal Thackeray, em 18 de novembro de 2012, em Mumbai. Apesar de polêmico e ter sido acusado de promover violência étnica e religioso, Bal Thackeray era extremamente popular. Seu funeral atraiu cerca de 2 milhões de pessoas
Foto: AFP
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A maior aglomeração para um funeral de um presidente americano recente aconteceu para a despedida de John F. Kennedy, em novembro de 1963. Estima-se que pelo menos 300 mil pessoas acompanharam o cortejo fúnebre e 250 mil entraram em fila para o ver o corpo. Em comum a Chavez, acredita-se que pessoas chegaram a esperar mais de 10h para se despedir de Kennedy, que foi morto quando ocupava a Casa Branca
Foto: AFP
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Uma das maiores reuniões da história do Reino Unido ocorreu em razão do funeral do primeiro-ministro Winston Churchill em Londres, em 30 de janeiro de 1965. Churchill foi o líder do país durante a Segunda Guerra Mundial e depois nos anos 50
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Acredita-se que cerca de 1 milhão de pessoas acompanharam o funeral do líder chinês Mao Tsé-Tung na Praça da Paz Celestial, em Pequim, em setembro de 1976
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Multidão de pessoas se reúne nos arredores da Catedral de Notre Dame, em Paris, para o velório do presidente francês Charles de Gaulle, em 12 de novembro de 1970. Centenas de milhares de pessoas acompanharam os serviços fúnebres do líder que comandou a França durante e após a Segunda Guerra Mundial. A maior mobilização do tipo para um líder político da história do país
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Centenas de milhares de argentinos se reuniram em frente à Casa Rosada, palácio presidencial em Buenos, para se despedir de Nestor Kirchner em 28 de outubro de 2010. O corpo foi exposto para visitação por mais de 24 horas
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No domingo, o opositor acusou o presidente interino e adversário nas eleições, Nicolás Maduro, de mentir sobre o que realmente ocorreu com Chávez, falecido na terça-feira passada de um câncer contra o qual lutou durante 20 meses.