Longas filas se formam para ver caixão de Chávez no Museu da Revolução

O corpo de Hugo Chávez deixou a Academia Militar ontem, em cortejo fúnebre que reuniu 2 mil soldados além de milhares de simpatizantes

16 mar 2013 - 14h16
(atualizado às 14h42)
O corpo de Chávez foi levado para o Museu da Revolução na sexta-feira
O corpo de Chávez foi levado para o Museu da Revolução na sexta-feira
Foto: AP

Reunidos em longas filas, centenas de seguidores do presidente da Venezuela Hugo Chávez aguardavam pacientemente sua vez para visitar neste sábado o caixão do líder no Museu da Revolução em Caracas.

Desde ontem, quando deixou a Academia Militar em cortejo fúnebre em uma grande cerimônia - que contou com 2 mil soldados e caças cruzando o céu venezuelano - e até que se decida o lugar definitivo de seu enterro, os restos mortais do presidente ficará no chamado "Quartel da Montanha", agora transformado em museu, já que o espaço foi usado como refúgio para Chávez durante o fracassado golpe de Estado de 1992.

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Após nove dias de visitação na Academia Militar da capital, as extensas filas voltaram a se repetir hoje em frente ao museu, que ficará aberto diariamente ao público das 9h locais (10h30 de Brasília) às 16h (17h30 de Brasília).

Para facilitar o acesso do público, o governo oferece um dispositivo especial de transporte gratuito do centro da cidade até o museu, situado no tradicional bairro esquerdista de 23 de Janeiro.

Depois de ter percorrido distintas ruas de Caracas em cortejo fúnebre, o qual reuniu milhares de seguidores, o caixão de Chávez repousa agora no museu sobre uma base de pedra localizada sobre "La Flor de los Cuatro Elementos", um desenho do arquiteto venezuelano Fruto Vivas situado no centro de um pátio do quartel.

Este é "o primeiro lugar de repouso histórico" do líder, afirmou na última semana o presidente interino, Nicolás Maduro, que ainda não se pronunciou sobre o local de seu enterro definitivo.

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Caixão com corpo de Hugo Chávez percorre Caracas
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Isso porque o governo estuda uma emenda constitucional para poder realizá-lo no Panteão Nacional, embora a imprensa local tenha reportado a possibilidade de o sepultamento ser realizado em sua terra natal, Barinas.

Disparo de canhão

A partir de hoje, às 16h25 (17h55 de Brasília), a cada dia Caracas dará "um disparo de canhão, uma salva, em honra à memória do gigante da história Hugo Chávez Frias", anunciou ontem o ministro da Defesa, Diego Molero, lembrando que essa foi a hora exata que Chávez morreu no último dia 5.

O presidente venezuelano morreu aos 58 anos - 14 anos no poder do país - por causa de um câncer diagnosticado há quase dois anos.

  
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