O ex-presidente argentino Alberto Fernández, de 65 anos, foi denunciado nesta quarta-feira (14/08) pelo Ministério Público do país, que o acusa de agredir e ameaçar sua ex-mulher Fabiola Yáñez, de 43 anos.
Segundo o promotor Ramiro González, a ex-primeira-dama "sofreu uma relação marcada pelo assédio, abuso psicológico e agressões físicas em um contexto de violência doméstica e de gênero" por parte de Fernández, que presidiu o país entre 2019 e dezembro de 2023. Os dois se separaram após o término do mandato do político.
A denúncia, que ainda precisa ser acatada pela Justiça, vem após a própria Yáñez procurar as autoridades e acusar o ex-marido, em 6 de agosto. Dois dias depois, circularam na imprensa local supostas conversas e fotos que comprovariam os abusos e abalaram o país.
"Você me agride o tempo todo. É insólito. Não pode me fazer isso quando eu não te fiz nada", consta de uma das mensagens divulgadas.
A reclamação de Yáñez foi protocolada após investigadores encontrarem em junho, como parte de uma investigação sobre um suposto tráfico de influência do ex-mandatário, mensagens que sugeriam os abusos por parte do então presidente.
Na segunda-feira, a ex-primeira-dama - que está vivendo em Madri, na Espanha - apresentou um documento de 20 páginas detalhando as agressões. No dia seguinte, depôs à Promotoria.
Em entrevistas ao jornal espanhol El País e ao portal argentino El Cohete a La Luna, Fernández negou ter cometido violência física contra Yáñez.