Obama é mais popular em Cuba que Fidel e Raúl Castro

No entanto, só 34% acreditam que a normalização das relações mudará o sistema político de Cuba

8 abr 2015 - 17h47
(atualizado às 18h06)
<p>Pesquisa foi divulgada às vésperas do encontro entre Raúl Castro e Barack Obama na Cúpula das Américas, que acontecerá este mês no Panamá</p>
Pesquisa foi divulgada às vésperas do encontro entre Raúl Castro e Barack Obama na Cúpula das Américas, que acontecerá este mês no Panamá
Foto: AP

Quase oito em cada dez cubanos (80%) têm uma opinião positiva sobre o presidente americano, Barack Obama, contra 47% do presidente de Cuba, Raúl Castro, e 44% do líder revolucionário Fidel Castro, segundo a maior pesquisa já realizada em Cuba por uma empresa independente, publicada nesta quarta-feira (8) nos Estados Unidos.

A pesquisa, realizada pela Bendixen & Amandi, encomendada por veículos de comunicação, mostrou que 97% dos cidadãos cubanos acreditam que o restabelecimento de relações diplomáticas com os Estados Unidos será positivo para Cuba, e 96% criticaram o embargo imposto à ilha pelos EUA.

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Mas os cubanos são, no entanto, mais céticos sobre as possíveis mudanças que esta aproximação entre Havana e Washington pode acarretar.

Só 34% acreditam que a normalização das relações mudará o sistema político de Cuba, mas 64% creem que poderia mudar o sistema econômico.

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A questão econômica é a principal preocupação dos cubanos: 79% dos entrevistados estão insatisfeitos com a economia e 55% dos cubanos gostariam de deixar a ilha.

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Além disso, 75% admitiram ter medo de expressar suas opiniões em público.

A pesquisa foi divulgada às vésperas do encontro entre Raúl Castro e Barack Obama na Cúpula das Américas, que acontecerá este mês no Panamá.

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Encomendada pela Univision Notícias/Fusion em parceria com o jornal Washington Post, a pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 27 de março com 1.200 pessoas. A margem de erro é de 2,8%.

É a maior pesquisa feita com cidadãos cubanos por uma empresa global independente dentro do território de Cuba desde 1959, e a primeira do tipo desde o anúncio da normalização das relações diplomáticas e econômicas entre Cuba e Estados Unidos, em dezembro.

  
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