O papa Francisco pediu que a "reconciliação seja semeada" em sua última homilia antes de deixar Cuba nesta terça-feira (22) e disse em uma missa no santuário da padroeira da ilha que a Igreja quer "estender pontes" e "romper muros".
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Francisco acrescentou que os crentes são convidados "geração após geração" a renovar sua fé, a viver o que denominou de "revolução da ternura", em uma missa na basílica de Nossa Senhora da Caridade do Cobre que contou com a assistência do presidente cubano, Raúl Castro.
O papa fez alusão à "reconciliação" no final de uma viagem pela ilha, desde onde hoje viaja aos Estados Unidos e que esteve precedida pela aproximação entre Havana e Washington, históricos inimigos irreconciliáveis que em 17 de dezembro anunciaram o reatamento de suas relações.
"Nossa revolução passa pela ternura, pela alegria que faz essa proximidade, que faz sempre compaixão e nos leva a servir na vida dos demais", disse o papa em sua homilia no pequeno templo da padroeira da ilha.
"Queremos ser uma Igreja que serve, que sai de casa, que sai de seus templos, de suas sacristias, para acompanhar a vida, sustentar a esperança, ser sinal de unidade", acrescentou.
Francisco também comentou que os católicos têm ser uma comunidade "que saiba acompanhar todas as situações 'embaraçosas' de nossa gente, comprometidos com a vida, a cultura, a sociedade, caminhando com nossos irmãos".
O papa usou como exemplo a vida da virgem Maria ao dizer que cada vez que os católicos a seguem, voltam "a acreditar na ternura e no carinho".
A missa na basílica menor do santuário de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, a 20 km de Santiago, é o penúltimo ato do papa em Cuba, antes do Encontro com as Famílias que realizará na catedral da segunda cidade da ilha.
Posteriormente o pontífice abençoará Santiago desde o terraço da catedral e se dirigirá ao aeroporto, desde onde às 12h30 local (13h30, em Brasília) partirá para Washington, próxima etapa de sua viagem de nove dias a Cuba e Estados Unidos.