O vulcão Ubinas, no sul do Peru, continua emitindo gases e cinzas neste sábado. Partículas atingem as cidades próximas, onde cerca de mil de pessoas ficaram desabrigadas, informou o diretor do Instituto Geofísico de Arequipa, Orlando Macedo.
"A contaminação é pela expansão das cinzas que saem da cratera e são levadas pelo vento", afirmou Macedo à "RPP Notícias".
Ontem foram registradas quatro explosões moderadas e duas emissões de gases e cinza em forma de coluna, segundo um informe do Observatório Vulcanológico do Instituto Geológico, Mineral e Metalúrgico.
Além disso, na ocasião "pôde-se visualizar 13 emissões moderadas a grandes de gases e cinza que, alcançaram entre 800 a 4.200 metros de altura sobre a cratera do vulcão".
O especialista indicou hoje que os ventos não foram muito fortes na região e que grande parte da cinza se espalhou em um raio de 10 quilômetros.
Segundo um reporte do Instituto Nacional de Defesa Civil (Indeci) divulgado hoje, até agora 1.038 pessoas foram desabrigadas pela intensa atividade do vulcão situado na região de Moquegua e próximo à vizinha Arequipa.
Durante toda a manhã da sexta-feira "foram informadas constantes quedas de cinza com forte cheiro de enxofre nas localidades: Querapi, Ubinas, Sacuaya, Huatagua, Escacha, Anascapa, San Miguel, Tonohaya, Huarina, Matalaque", detalhou o reporte de Indeci.
Na sexta-feira passada terminou a evacuação de 85 famílias das localidades de Tonohaya e Querapi, as mais afetadas pelas cinzas emitidas pelo vulcão Ubinas, junto a 120 cabeças de gado e animais menores.
Os habitantes desabrigados vêm recebendo ajuda humanitária como mantimentos, barracas, camas, colchões, coberturas, lentes de segurança e máscaras, segundo informou o Indeci.
O vulcão Ubinas é considerado o mais ativo do Peru por seus suas emissões de fumaça e suas explosões moderadas, registradas desde 1550.