O vice-presidente da Colômbia, Angelino Garzón, recusou uma oferta para se tornar o novo embaixador do país no Brasil, alegando que seu cachorro, um pastor alemão, não se adaptaria às altas temperaturas de Brasília.
Em uma entrevista publicada na revista colombiana Semana, Garzón afirmou que o clima da capital brasileira prejudicaria a saúde de seu cão.
Após a declaração do vice-presidente, a chanceler colombiana, María Ángela Holguín, emitiu um pedido de desculpas ao Brasil, o maior parceiro comercial da Colômbia na região. Holguin descreveu o episódio como "muito constrangedor".
Garzón escreveu uma carta ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, explicando que ele havia rejeitado a vaga por razões pessoais e profissionais, mas nela não mencionou especificamente o caso de seu cachorro.
Holguín, por sua vez, disse estar "triste" e "desapontada" com a atitude do vice-presidente colombiano.
"Quando ele mencionou problemas pessoais, esperávamos algo mais sério do que isso. É como se ele não percebesse a importância que o Brasil tem para nós", disse ela.
Holguín acrescentou que as "desculpas" só prejudicaram ainda mais a imagem da Colômbia na América Latina e seu papel como um dos principais parceiros comerciais do Brasil.
'Cão peludo'
No início deste ano, Garzón, de 67 anos, anunciou que não concorreria à reeleição junto com o presidente Juan Manuel Santos no próximo dia 25 de maio.
Em entrevista à revista Semana, ele afirmou que considera se candidatar ao cargo de Prefeito de Bogotá ou Cáli.
"No governo local, você pode ter um impacto maior na melhoria da vida das pessoas do que como vice-presidente", disse ele à publicação.
Questionado pela publicação sobre por que havia recusado o cargo de embaixador no Brasil, Garzón citou seu cachorro.
"Recusei a vaga porque o cachorro que você vê nesta imagem é muito peludo e o clima quente de Brasília poderia prejudicar a sua saúde", respondeu o vice colombiano.
Após as críticas, Garzón defendeu sua decisão e acrescentou, em terceira pessoa: "O cachorro não é propriedade do governo. Aonde Angelino Garzón for, ele vai junto", acrescentou.