O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, confirmou que "quase 700 mil pessoas precisam de assistência humanitária emergencial" após o terremoto de magnitude 7.2 na escala Richter atingir o território haitiano no último dia 14 de agosto.
O dado foi divulgado nesta sexta-feira (20) durante reunião extraordinária do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OSA).
Segundo o premiê do Haiti, o balanço provisório revela que, até o momento, o abalo sísmico deixou 2.189 mortos, 12.268 feridos e 332 desaparecidos.
"Até hoje, sabemos que 30.122 casas de diferentes tamanhos foram completamente destruídas e outras 42.737 sofreram sérios danos", disse Henry, lembrando que, "apenas 48 horas após o terremoto, as regiões do desastre foram cruzadas pelo furacão Grace, o que agravou ainda mais a situação geral".
Ao todo, a Defesa Civil cadastrou 136,8 mil famílias necessitadas de ajuda por perderem tudo ou quase tudo durante o tremor registrado a cerca de 160 quilômetros a oeste da capital Porto Príncipe, já devastada por um terremoto em 2010, que deixou 200 mil mortos.
Hoje, o governo da Espanha anunciou que está ajudando o Haiti após a tragédia e enviou 10 toneladas de material sanitário, além de colaborar para melhorar o acesso à água potável.
"A cooperação internacional é crucial para permitir que o povo haitiano se recupere", escreveu o premiê espanhol, Pedro Sánchez, no Twitter, em referência à crise humanitária.