Raúl Castro comanda ato por 55º aniversário da revolução cubana

2 jan 2014 - 02h18
(atualizado às 02h18)
Em seu discurso de comemoração, Raúl Castro fez uma retrospectiva dos episódios principais da revolução desde os seus primeiros passos
Em seu discurso de comemoração, Raúl Castro fez uma retrospectiva dos episódios principais da revolução desde os seus primeiros passos
Foto: EFE

O presidente de Cuba, Raúl Castro, comandou nesta quarta-feira o evento principal das celebrações do 55º aniversário da revolução cubana, realizado em Santiago de Cuba, no mesmo lugar desta cidade onde Fidel Castro proclamou ao mundo o triunfo da revolta que liderou em 1959. Em seu discurso de comemoração, Raúl Castro fez uma retrospectiva dos episódios principais da revolução desde os seus primeiros passos, afirmou que "nem o mais sonhador poderia imaginar que hoje estaríamos aqui" e elogiou a "imensa capacidade de resistência e luta" do povo cubano.

Participaram do ato comandantes da revolução e combatentes da guerrilha de Sierra Maestra, da clandestinidade e da revolução, junto com o Estado Maior do governo e do Partido Comunista e alguns convidados como o chanceler da Venezuela, Elías Jaua. Mais de 3 mil pessoas compareceram no parque Carlos Manuel de Gramados em Santiago de Cuba, a segunda maior cidade do país e que está situada a 900 quilômetros de Havana, que fizeram saudações ao líder Fidel Castro, de 87 anos e que deixou o poder em 2006 por motivos de saúde, sendo substituído no comando do país por seu irmão mais novo, Raúl.

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Em seu discurso, o presidente afirmou que a revolução cubana "pôs fim a vários mitos, entre eles o de que não era possível construir o socialismo em uma pequena ilha a 90 milhas dos Estados Unidos". Contou que foram 55 anos de enfrentamento contra 11 administrações americanas que, "com maior ou menor intensidade, insistiram no propósito de mudar o regime econômico e social vigente na ilha".

Raúl Castro denunciou que seu país tem como obstáculo o desafio de resistir a uma "permanente campanha de subversão político-ideológica" que tem "como finalidade desmantelar o socialismo" em Cuba "desde dentro".

Nesse sentido, disse que "podemos perceber as tentativas de introduzir, sutilmente, plataformas de pensamento neoliberal e de restauração do capitalismo neocolonial". "Jamais cedemos, nem cederemos com agressões, chantagens e ameaças", sentenciou o líder cubano, que também sustentou que a política externa de seu governo sempre foi "uma arma poderosa para defender a independência, autodeterminação e soberania nacionais".

Referiu-se também ao isolamento forçado sofrido por seu país em relação ao restante das nações latino-americanas "por brutais pressões" norte-americanas, quando, nos primeiros anos, apenas o México manteve relações com o governo da revolução cubana.

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Comentou que, na atualidade, essa situação mudou e Cuba conta com apoio na região. Agora, o país exerce a Presidência temporária da Comunidade de Estados Latino-americanos e caribenhos (Celac), cuja reunião de cúpula será realizada em Havana no final deste mês, "encorajado pelo ideal de forjar uma nova unidade dentro da diversidade" na América. A cerimônia também teve uma festa que contou com a apresentação de uma orquestra juvenil, grupos de dança, músicos e outros artistas locais.

Mais de 3 mil pessoas compareceram no parque Carlos Manuel de Gramados em Santiago de Cuba, a segunda maior cidade do país e que está situada a 900 quilômetros de Havana
Foto: EFE

  
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