Reforço militar nas Malvinas é provocação, diz Argentina

O Reino Unido anunciou que investirá 267 milhões de dólares nos próximos dez anos para reforçar a defesa das ilhas

25 mar 2015 - 12h21
(atualizado às 15h29)
<p>O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou que sempre defenderá as Ilhas Malvinas  </p>
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou que sempre defenderá as Ilhas Malvinas
Foto: Francois Lenoir / Reuters

O chanceler argentino Héctor Timerman classificou nesta quarta-feira de provocação o reforço da presença militar do Reino Unido nas Ilhas Malvinas, e assinalou que levará uma denúncia às Nações Unidas.

"O que a Grã-Bretanha fez é uma provocação, não apenas à Argentina, como também às Nações Unidas", afirmou Timerman à Radio del Plata do Panamá.

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Na véspera, o ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, anunciou que reforçará o dispositivo militar nas Malvinas (Falklands, para os ingleses) porque continua existindo uma ameaça muito séria a este arquipélago reclamado pela Argentina.

Segundo Fallon, o Reino Unido investirá 180 milhões de libras (267 milhões de dólares) nos próximos dez anos para reforçar a defesa das ilhas.

Este investimento será feito, entre outras coisas, na renovação dos sistemas de defesa antiaérea terrestre, em dois helicópteros para o transporte de tropas Chinook e melhorias nas infraestruturas.

"Isto não seria necessário se não sofrêssemos com constantes intimidações do governo argentino", declarou o ministro em discurso no Parlamento após detalhar seu plano.

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O número de militares, cerca de 1.200, não aumentará "porque é o número correto", assegurou, apesar de horas antes ter indicado em uma entrevista à rádio BBC Radio que este tema tinha sido revisado.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou, segundo seu porta-voz, que "a garantia que dou às Falklands é que sempre estaremos com eles, sempre os defenderemos".

Em 1982, a ditadura argentina invadiu as Malvinas/Falklands e isso desatou uma guerra que terminou com a rendição argentina, depois de 74 dias de combates, e 649 argentinos e 255 britânicos mortos.

O anúncio de Fallon aconteceu depois que a imprensa britânica informou que a Rússia ofereceu aviões de bombardeio à Argentina.

O governo argentino reagiu assegurando que os militares britânicos buscam melhorar o orçamento com o reforço do dispositivo militar visando às Malvinas.

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"É uma desculpa que se usa como 'lobby' militar para seguir gastando dinheiro", afirmou a embaixadora argentina em Londres, Alicia Castro.

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